Buracos negros estão espalhados por todo universo e são responsáveis por eventos fundamentais do espaço, como a evolução de uma galáxia. No entanto, alguns conhecimentos sobre esses gigantes permanecem um mistério. Um deles é relacionado à idade dos buracos negros supermassivos.

Um novo estudo quis desvendar essa questão e, para isso, analisou quasares luminosos distantes, os núcleos das galáxias que contém os gigantes em seu centro.

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Idade dos buracos negros usando quasares

Para estudar a idade dos buracos negros massivos, os pesquisadores se concentraram nos quasares distantes.

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Como lembra o site Phys.org, a luminosidade deles indica seu tamanho e pode ser usada como uma forma de medir sua massa.

Veja como foi a medição:

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  • A pesquisa usou levantamentos do Telescópio Espacial James Webb, da NASA.
  • Eles identificaram 350 galáxias com um desvio de luz que indicava uma formação após 1 bilhão de anos de existência do universo. Considerando que ele tem mais de 13 bilhões de anos, elas foram as primeiras galáxias.
  • Dessas, 64 tinham quasares, a formação luminosa que indica a presença de buracos negros supermassivos em seu interior. Apesar da amostra não ser grande, foi o suficiente para entender como o fenômeno evoluiu ao longo do tempo.
  • Então, eles compararam a luminosidade e o desvio de luz para determinar a idade e a massa dos gigantes do espaço.
Quasares contém buracos negros supermassivos em seu interior (Crédito: Sadoharu/Shutterstock)

O que eles descobriram

Os pesquisadores descobriram que os buracos negros supermassivos eram grandes em comparação com as suas respectivas galáxias.

Isso indica que eles se formam mais cedo, quando a galáxia ainda é pequena, e não mais tarde, quando a galáxia já está em um estágio mais avançado de desenvolvimento, como se acreditava anteriormente.

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A descoberta ainda sustenta a ideia de que os supermassivos se formaram a partir do colapso direto, ao invés do desenvolvimento de massa a partir da fusão de buracos negros menores.

Ressalvas

Os autores lembram que, como a amostra utilizada é pequena, há limites. Por exemplo, os buracos negros analisados são luminosos e, portanto, mais massivos do que outros existentes na galáxia.

Ou seja, por mais que comprovem a ideia de que eles se formaram por colapso direto, isso não significa que todos se formaram dessa maneira.

Conforme mais amostras são encontradas e mais estudos são realizados, será possível desvendar as várias origens desses gigantes do espaço.