James Webb flagra nascimento de enorme aglomerado de estrelas

Composição química da região fotografada se assemelha àquelas observadas quando a formação estelar estava no auge
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 26/01/2024 03h15
James Webb
Conceito artístico do Telescópio Espacial James Webb. Crédito: NASA
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A Agência Espacial Europeia (ESA) publicou uma imagem impressionante captada pelo telescópio espacial James Webb. Trata-se da nebulosa N79, um amplo complexo de formação estelar na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia satélite da Via Láctea.

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Imagem captada pelo James Webb

Regiões como a N79, ricas em gás e poeira, são de interesse dos astrônomos uma vez que a composição química delas se assemelha àquelas observadas quando o Universo tinha bilhões de anos e a formação estelar estava no auge. Além disso, grande parte deste pedaço do espaço ainda não foi explorada pelos cientistas.

Ao contrário das zonas de formação estelar na Via Láctea, onde o Sistema Solar, incluindo a Terra, está localizado, a N79 gera estrelas em maior velocidade e possui uma composição química distinta.

A imagem divulgada mostra o que parecem ser estrelas com seis pontas, que se estendem pela área central de N79. Os astrônomos explicam que estas pontas são, na verdade, um efeito causado pela coleta de luz nos 18 segmentos hexagonais, que juntos, formam o espelho primário do Webb. Eles refletem a luz desejada na direção do espelho secundário, que fica acima do primário com a ajuda de três hates.

A foto foi tirada com o instrumento Mid-InfraRed Instrument (MIRI). Ele é sensível aos comprimentos de onda longos do infravermelho, que conseguem atravessar as nuvens densas de poeira ali. Dessa forma, foi possível registrar o que há no interior das partículas de N79. 

Veja a imagem capturada pelo James Webb abaixo:

(Imagem: O. Nayak, M. Meixner/ ESA/Webb, NASA & CSA)

Nebulosa N79

  • A nebulosa N79 é um complexo de formação estelar que se estende por aproximadamente 1.630 anos-luz.
  • Ela é uma região de hidrogênio atômico interestelar que foi ionizado.
  • E é isso o que explica ela emitir luz. 
  • Esta nebulosa é considerada uma espécie de irmã mais nova de 30 Doradus, a Nebulosa da Tarântula, que também já foi observada pelo Webb.
  • Segundo pesquisadores, a N79 mostrou duas vezes mais eficiência na formação estelar durante os últimos 500 mil anos do que 30 Doradus.
  • As informações são da Agência Espacial Europeia (ESA).
Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.