Robô nadador sem fio detecta Covid e poluentes na água

Robô é movido por ondas de rádio e, futuramente, pode ser usado para detectar poluentes na água em nível municipal
Por Vitoria Lopes Gomez, editado por Bruno Capozzi 26/01/2024 03h00, atualizada em 30/01/2024 21h25
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Um novo robô sem fio desenvolvido por pesquisadores da China usa ondas de rádio para nadar na água e detectar presença de contaminantes, como cloreto, amônia e até o vírus da Covid. A esperança é que, futuramente, o dispositivo possa ser usado em cidades para detectar poluentes na água.

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Robô nadador sem fio

O robô foi desenvolvido por uma equipe de engenheiros biomédicos e roboticistas de diversas instituições na China. No artigo publicado na revista Science Advances, eles relataram que o dispositivo, batizado de ‘nadador eletromagnético macio miniaturizado’ (ou SES), é controlado por ondas de rádio, evitando o uso de fios. Assim, ele pode funcionar na água guiado pelas ondas.

Saiba mais sobre o robô:

  • O SES tem um formato de ponta de flecha, com uma parte traseira que se assemelha à cauda de um golfinho e ajuda na locomoção, guiada pelas ondas de rádio.
  • Ele ainda conta com um ímã e uma antena em especial que auxiliam na propulsão.
  • O robô é equipado com três sensores: um deles testa e mede os níveis de cloreto na água; outro faz o mesmo para amônia; e o último detecta a presença do vírus SARS-CoV-2, causador da Covid-19.
  • O dispositivo tem um chip que processa as informações coletadas e as envia para um smartphone próximo, que interpreta os dados usando um software desenvolvido pelos pesquisadores.
Composição do robô nadador SES (Imagem: Science Advances/Reprodução)

Testes e melhorias

Como relatou o TechXplore, o robô nadador foi testado em laboratório e funcionou bem ao ser impulsionado pelas ondas de rádio por pequenos canos cheios de água.

Um dos pontos de melhoria é que ele deve permanecer a até 4 centímetros das fontes de ondas e até 10 cm do smartphone que recebe os dados. Ou seja, ainda não consegue ir muito longe.

Os pesquisadores chineses vão continuar trabalhando no SES para permitir que ele percorra distâncias maiores. Com a melhoria, eles esperam que o robô possa ser usado em grandes centros para testar a qualidade da água.

Vitória Lopes Gomez é jornalista formada pela UNESP e redatora no Olhar Digital.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.