A Netflix é um dos serviços de streaming mais populares no Brasil. Consequentemente, os filmes mais destacados em seu catálogo costumam gerar muito entusiasmo e discussões.
No entanto, entre as opções disponíveis no extenso acervo do serviço, existem filmes que “dão um nó” na grande maioria do público. Essas obras geralmente se destacam por propostas mais artísticas ou ousadas, enredos complexos, ou exigem um nível de atenção elevado e uma bagagem cultural por parte do espectador.
Diante disso, listamos 10 filmes disponíveis no catálogo da Netflix que vão além da mera distração escapista, demandando uma atenção redobrada por parte do público.
Filmes complexos na Netflix
Ruído Branco (2022)
Considerado um filme esquisito e maluco por algumas pessoas que o assistiram pela Netflix, “Ruído Branco” é uma adaptação do renomado romance de Don DeLillo.
Tentando refletir a densidade do material de origem, o filme, dirigido por Noah Baumbach, apresenta um enredo repleto de alegorias e críticas sócio-culturais. O elenco conta com Adam Driver, Greta Gerwig e Don Cheadle.
Ambientada na década de 1980, a comédia dramática segue um professor universitário e sua família enquanto enfrentam provações. Quando um vazamento químico libera uma nuvem negra na região onde residem, coisas estranhas acontecem.
Paprika (2006)
Aclamado pela crítica, a animação japonesa “Paprika” possui uma trama intrincada e elementos surrealistas podem ser desafiadores para alguns espectadores. Com direção do renomado Satoshi Kon, famoso por suas obras artísticas, densas e complexas.
O filme se passa em um futuro próximo, onde um dispositivo psicoterapêutico permite aos terapeutas entrar nos sonhos de seus pacientes. No entanto, quando a máquina é roubada, uma terapeuta parte em busca do ladrão para tentar evitar o caos.
Estou Pensando em Acabar com Tudo (2020)
O roteirista e diretor Charlie Kaufman é famoso por seus filmes com roteiros surrealistas complexos. Obras como “Quero Ser John Malkovich” e “Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças”, por exemplo, foram roteirizados por ele.
Drama psicológico íntimo, a trama acompanha uma jovem (Jessie Buckley) que embarca em uma viagem com seu namorado (Jesse Plemons) para visitar os pais dele em uma fazenda isolada. No entanto, ao longo do filme, a narrativa se desenrola como uma jornada pela psique da personagem, apresentando desdobramentos surreais.
Hereditário (2018)
Dirigido por Ari Aster, “Hereditário” é rotulado como um filme “pós-terror”, termo recentemente criado para descrever filmes de terror que supostamente são mais sérios e densos. Este filme é considerado desafiador por alguns, devido à sua natureza intrincada e ao uso de simbolismos.
Após a morte da avó, a família Graham passa a vivenciar eventos inexplicáveis e malignos que revelam segredos obscuros sobre sua linhagem. Toni Collette e Gabriel Byrne estrelam a produção.
Aniquilação (2018)
Ficção científica com um final aberto e ambíguo, que abre margem para diversas interpretações, “Aniquilação” busca explorar conceitos científicos e filosóficos complexos.
Na história, quando seu marido (Oscar Isaac) retorna inexplicavelmente após desaparecer em uma missão militar, uma bióloga (Natalie Portman) decide se juntar a uma equipe de cientistas e exploradores, todas mulheres, para investigar uma área misteriosa.
O Poço (2019)
Com uma atmosfera sombria e alegórica, o filme espanhol “O Poço” apresenta um final considerado complexo, indefinido e aberto à interpretação.
O longa se passa em uma prisão vertical, onde uma plataforma de comida desce pelos andares para alimentar os presos. Porém, à medida que desce, a quantidade de comida diminui. Isso cria uma luta entre os prisioneiros.
O elenco inclui Iván Massagué, Antonia San Juan, Zorion Eguileor, Emilio Buale Coka e Alexandra Masangkay.
The End of Evangelion (1997)
Filme animado japonês que serve como uma conclusão alternativa para a série de anime “Neon Genesis Evangelion”.
Dirigido por Hideaki Anno e produzido pelo estúdio Gainax, “The End of Evangelion” foi criado para oferecer uma abordagem definitiva e abrangente para a conclusão da série animada, que teve um final controverso e considerado de difícil compreensão.
No entanto, o filme conta com uma abordagem experimental e aborda temas filosóficos e metafísicos, o que para alguns ainda deixa o universo de “Evangelion” incompreensível.
Bardo, Falsa Crônica de Algumas Verdades (2022)
Do premiado diretor mexicano Alejandro González Iñárritu. “Bardo” é um filme pessoal repleto de metáforas e conta com um final simbólico que pode confundir quem assiste.
Com a atuação de Daniel Giménez Cacho, o filme explora a crise existencial e as visões metafóricas de um jornalista aclamado que retorna à sua terra natal.
Paraíso (2023)
Esse filme distópico alemão apresenta um desfecho cheio de reviravoltas que podem deixar algumas pessoas confusas. O longa é um thriller de ficção dirigido por Boris Kunz, com atuações de Kostja Ullmann, Corinna Kirchhoff, Marlene Tanczik e Iris Berben.
A trama se desenrola em um futuro onde uma empresa de biotecnologia realiza um procedimento médico que transfere anos de vida das pessoas em troca de dinheiro. Um representante da empresa, defensor fervoroso dessa prática, muda sua perspectiva quando sua esposa abre mão de 40 anos de sua vida para quitar uma dívida.
Ataque dos Cães (2021)
Demandando a atenção do público ao apresentar um enredo definido totalmente em sutilezas, “Ataque dos Cães” pode deixar o espectador confuso.
A história se passa nos anos 1920 e acompanha a vida de um fazendeiro durão (Benedict Cumberbatch), mas de personalidade complexa. Sua relação com o irmão (Jesse Plemons) é abalada quando este se casa e acolhe a esposa (Kirsten Dunst) e seu filho (Kodi Smit-McPhee) para viverem no rancho.
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