Observe uma panorâmica do “Labirinto da Noite” em Marte

Astrônomos da Universidade Livre de Berlim produziram uma imagem panorâmica do Labirinto da Noite em Marte com base nos dados de orbitador europeu
Flavia Correia29/01/2024 16h12, atualizada em 05/02/2024 21h00
Compartilhe esta matéria
Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Lançada em 2003, a sonda Mars Express, da Agência Espacial Europeia (ESA), está há mais de 20 anos fotografando a superfície de Marte, mapeando os minerais do planeta, estudando sua tênue atmosfera, investigando sob sua crosta e explorando como vários fenômenos interagem no ambiente marciano. 

Em outubro do ano passado, a ESA divulgou um vídeo impressionante produzido com base nas imagens captadas pelo orbitador europeu, que mostra uma região chamada Noctis Labyrinthus (“Labirinto da Noite”).

Agora, a agência acaba de publicar uma panorâmica do local, feita a partir dos mesmos registros obtidos pela Câmera Estéreo de Alta Resolução (HRSC) da espaçonave e trabalhada por astrônomos da Universidade Livre de Berlim.

Grande e detalhada, a imagem resultante exibe alguns recursos importantes demarcados (que, no site da ESA, você consegue identificar posicionando o cursor nos círculos brancos). 

Panorâmica do Labirinto da Noite em Marte, produzida a partir de dados do orbitador Mars Express, da Agência Espacial Europeia (ESA). Crédito: ESA/DLR/FU Berlim, CC BY-SA 3.0 IGO

Vulcanismo é responsável por formação de labirinto sombrio em Marte

Aninhado entre o Valles Marineris e os vulcões mais altos do Sistema Solar (a região de Tharsis) está o Labirinto da Noite – um vasto conjunto de vales profundos e íngremes que se estende por cerca de 1.190 km (aproximadamente o tamanho da Itália).

Leia mais:

Segundo a ESA, o intenso vulcanismo na região Tharsis é o responsável pela formação do labirinto sombrio. “Este vulcanismo fez com que grandes áreas da crosta marciana se arqueassem para cima e ficassem esticadas e tectonicamente estressadas, levando ao seu afinamento, falha e diminuição”, explica a agência em um comunicado.

Os cânions e vales que se cruzam têm até 30 km de largura e seis km de profundidade. Em muitos lugares, deslizamentos de terra gigantescos podem ser vistos cobrindo as encostas e os pisos, enquanto outras elevações de terra mostram grandes campos de dunas criados por areias sopradas pelos ventos marcianos.

Flavia Correia
Redator(a)

Jornalista formada pela Unitau (Taubaté-SP), com Especialização em Gramática. Já foi assessora parlamentar, agente de licitações e freelancer da revista Veja e do antigo site OiLondres, na Inglaterra.