Lançada em 2003, a sonda Mars Express, da Agência Espacial Europeia (ESA), está há mais de 20 anos fotografando a superfície de Marte, mapeando os minerais do planeta, estudando sua tênue atmosfera, investigando sob sua crosta e explorando como vários fenômenos interagem no ambiente marciano. 

Em outubro do ano passado, a ESA divulgou um vídeo impressionante produzido com base nas imagens captadas pelo orbitador europeu, que mostra uma região chamada Noctis Labyrinthus (“Labirinto da Noite”).

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Agora, a agência acaba de publicar uma panorâmica do local, feita a partir dos mesmos registros obtidos pela Câmera Estéreo de Alta Resolução (HRSC) da espaçonave e trabalhada por astrônomos da Universidade Livre de Berlim.

Grande e detalhada, a imagem resultante exibe alguns recursos importantes demarcados (que, no site da ESA, você consegue identificar posicionando o cursor nos círculos brancos). 

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Panorâmica do Labirinto da Noite em Marte, produzida a partir de dados do orbitador Mars Express, da Agência Espacial Europeia (ESA). Crédito: ESA/DLR/FU Berlim, CC BY-SA 3.0 IGO

Vulcanismo é responsável por formação de labirinto sombrio em Marte

Aninhado entre o Valles Marineris e os vulcões mais altos do Sistema Solar (a região de Tharsis) está o Labirinto da Noite – um vasto conjunto de vales profundos e íngremes que se estende por cerca de 1.190 km (aproximadamente o tamanho da Itália).

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Segundo a ESA, o intenso vulcanismo na região Tharsis é o responsável pela formação do labirinto sombrio. “Este vulcanismo fez com que grandes áreas da crosta marciana se arqueassem para cima e ficassem esticadas e tectonicamente estressadas, levando ao seu afinamento, falha e diminuição”, explica a agência em um comunicado.

Os cânions e vales que se cruzam têm até 30 km de largura e seis km de profundidade. Em muitos lugares, deslizamentos de terra gigantescos podem ser vistos cobrindo as encostas e os pisos, enquanto outras elevações de terra mostram grandes campos de dunas criados por areias sopradas pelos ventos marcianos.