A Neuralink fez seu primeiro implante cerebral em um humano no último domingo (28), conforme anunciou Elon Musk, dono da empresa. No X (Twitter), o empresário pontuou que o paciente está se recuperando bem e que “os resultados iniciais mostram uma detecção promissora de picos de neurônios”. 

O que você precisa saber: 

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  • O objetivo do implante da Neuralink é ajudar pessoas com algum tipo de paralisia, como a tetraplegia; 
  • Chamado de Telepathy (Telepatia), ele é instalado por um robô em uma região do cérebro que controla a intenção de movimento, permitindo que humanos consigam controlar eletrônicos, como computadores e celulares, apenas com o pensamento; 
  • A Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora de saúde dos EUA, aprovou o teste do método em maio de 2023 — quatro meses depois, a empresa abriu as inscrições para voluntários; 
  • Esse teste inicial, denominado estudo Prime, terá duração de seis anos, com avaliação periódica dos pacientes; 
  • Por ora, a empresa irá avaliar a segurança do implante e do robô que fez o procedimento cirúrgico. 

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Os primeiros usuários serão aqueles que perderam o uso dos membros. Imagine se Stephen Hawking pudesse se comunicar mais rápido do que um rápido digitador ou um leiloeiro. Esse é o objetivo. 

Elon Musk no X. 

A Neuralink não forneceu informações sobre a condição do paciente que recebeu o primeiro implante cerebral. 

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Em suma, o estudo da Neuralink investigará três pontos ao mesmo tempo, sendo eles: o implante N1/Telepathy (dispositivo cérebro-computador da Neuralink), o robô R1 (robô cirúrgico que implanta o dispositivo) e o N1 User App (software que se conecta ao N1 e traduz sinais cerebrais em ações de computador).

Conforme lembrou a Reuters, a Neuralink enfrentou diversos escrutínios em relação aos seus protocolos de segurança, recebendo, inclusive, muitas negativas da FDA ao longo dos anos. A empresa também chegou a ser multada por violar as regras do Departamento de Transportes dos EUA (DOT) relativas à movimentação de materiais perigosos. 

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Em uma investigação federal de 2022, a companhia também foi acusada de maus-tratos aos animais. Funcionários denunciaram que os testes em animais estavam sendo acelerados, causando sofrimento e mortes desnecessárias.  

Musk se pronunciou sobre o caso afirmando que “nenhum macaco morreu como resultado de um implante Neuralink”. Ele acrescentou que a empresa escolheu macacos “terminais” para minimizar o risco para os saudáveis. Veja mais dos casos aqui