O chip Telepathy (“Telepatia”) da Neuralink, empresa do bilionário Elon Musk, processa ondas cerebrais que, depois, são decodificadas pelo aplicativo da companhia. Por meio deste app, o usuário controlaria aparelhos – celulares e computadores, por exemplo – por meio de pensamentos.

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A Neuralink implantou seu chip cerebral numa pessoa pela primeira vez no domingo (28). Musk não revelou a identidade da pessoa nem em qual parte do cérebro o chip foi implantado. Mas a empresa informou que ele (ou ela) se recupera bem e os resultados iniciais mostraram boa detecção de atividades dos neurônios.

Como o chip Telepathy funciona

Neuralink elon musk
(Imagem: T. Schneider/Shutterstock)

O chip da Neuralink é do tamanho de uma moeda. Confira abaixo sua estrutura:

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  • Capa biocompatível: “estojo” capaz de suportar condições fisiológicas “mais severas que as do corpo humano”;
  • Chips e eletrônica: “leem” ondas cerebrais e as transmitem para aplicativo que as transformam em comandos para aparelhos;
  • Chip cerebral Telepathy: tem software que se conecta a celulares e computadores;
  • Bateria: pequena e alimentada por carregador indutivo (recarrega por aproximação).

O fluxo é assim: o cérebro emite “ondas”; o chip as “lê” e transmite via Bluetooth para o aplicativo Neuralink; e o app codifica as “ondas” em comandos para aparelhos eletrônicos, como celulares e computadores.

No chip da Neuralink, o processamento ocorre por meio de 1.024 eletrodos, distribuídos em 64 fios ultrafinos e flexíveis. Um robô posiciona esses fios no cérebro, usando uma agulha “mais fina do que um cabelo”. Esse robô tem cinco câmeras e um sistema de tomografia.

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O primeiro estudo clínico com humanos deve durar seis anos. Nas primeiras etapas, a Neuralink avaliará a segurança do implante e do robô “neurocirurgião”. Segundo Musk, o chip poderá ser usado no tratamento de doenças – entre elas: obesidade e transtornos mentais.