Pesquisadores tentam desvendar o sumiço de alguns ossos em uma das tumbas mais antigas da Suécia. O local fica perto da cidade de Falköping, serviu como túmulo há 5,5 mil anos e permaneceu intocado desde a Idade da Pedra. Por isso, os arqueólogos ficaram surpresos quando notaram a falta de crânios e outros ossos.

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Onde foram parar os ossos?

  • As escavações ocorreram no ano passado e foram conduzidas por especialistas da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, e da Universidade de Kiel, na Alemanha.
  • Os especialistas acreditam que os crânios e outros ossos faltantes podem ter sido removidos do túmulo em rituais funerários.
  • No entanto, não há qualquer evidência que apoie esta teoria.
  • O estudo foi publicado no Journal of Neolithic Archaeology.
  • As informações são da ScienceAlert.
Ausência de crânios na tumba chamou a atenção dos arqueólogos (Imagem: Cecilia Sjöberg/Universidade de Gotemburgo)

Um dos túmulos mais antigos da Escandinávia

Uma análise do material encontrado na tumba revelou que o local contém ossos das mãos e dos pés, além de fragmentos de ossadas das costelas e dentes. Mas quase não existem crânios ou ossos maiores, como os da coxa e do braço, no local.

Essa descoberta intrigou os pesquisadores, uma vez que em túmulos do período Neolítico costumam estar ausentes apenas os ossos menores.

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De acordo com os arqueólogos, faltam restos mortais de pelo menos doze pessoas, incluindo crianças e idosos. Não foram identificadas lesões nas pessoas enterradas, o que descarta que elas tenham sido assassinadas.

O motivo da ausência dos ossos ainda é um mistério. Não se sabe nem mesmo se os esqueletos foram enterrados completos.

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Crânios e ossos grandes estão desaparecidos e podem ter sido removidos da sepultura. Não sabemos se isso tem a ver com rituais funerários ou o que está por trás disso.

Karl-Göran Sjögren, arqueólogo da Universidade de Gotemburgo, na Suécia

Uma análise de DNA será feita para averiguar a possibilidade de uma doença ter sido responsável pelas mortes. Os pesquisadores acreditam que as pessoas ali enterradas viveram da agricultura. A prática agrícola chegou a Falbygden por volta de 4 mil a.C., ou seja, cerca de 500 anos antes de o túmulo em Tiarp ser construído.

A tumba também tem outra particularidade. Ela foi construída com uma pequena saliência em cada extremidade. Esta é a sepultura mais antiga da região e uma das mais antigas da Suécia e de toda a Escandinávia. Por isso, os estudiosos querem continuar pesquisando o local em busca de novos mistérios a serem desvendados.