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Um novo estudo brasileiro analisou a eficácia da vacina bivalente de Covid-19 que começou a ser aplicada no ano passado, mostrando que o imunizante é eficaz contra o coronavírus original e suas variantes, incluindo a ômicron. Ainda, especialistas dizem que o calendário de vacinação nos próximos anos deve se assemelhar ao da gripe, com atualizações na vacina para melhor proteger a população de variantes recentes.
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A vacina bivalente contra a Covid-19 induz a produção de anticorpos neutralizantes contra o coronavírus original (vindo de Wuhan, na China) e de suas variantes, incluindo a ômicron.
Veja como o estudo foi conduzido:
O estudo, publicado na revista médica Journal of Medical Virology, comprovou a eficácia da vacina bivalente. Ainda, mostrou que seu foco principal é o vírus original, dominante no início da pandemia, mais do que outras variantes.
Segundo os pesquisadores, isso já era esperado, porque o sistema imunológico conhece o coronavírus original há mais tempo, inclusive de outras doses da vacina.
Segundo o coordenador do Laboratório de Desenvolvimento de Vacinas do ICB-USP, Luís Carlos de Souza Ferreira, a cobertura vacinal para o SARS-CoV-2 deve ser elevada se quisermos controlar um vírus com capacidade de transmissão como esta.
O estudo sugere novas formulações para manter a vacina sempre atualizada em relação a variantes novas, o que deve ser fundamental no futuro da política de vacinação.
As próximas doses devem levar em conta os vírus que circulam no momento e não mais os que desapareceram, para que a imunidade seja atualizada e reforçada de acordo com o cenário epidemiológico vigente, de forma semelhante ao que se faz contra o vírus influenza, da gripe.
Jaime Henrique Amorim, pesquisador visitante no Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) e coordenador do estudo
Esta post foi modificado pela última vez em 8 de fevereiro de 2024 16:17