A Microsoft está envolvida em mais um atrito com a Comissão Federal de Comércio (FTC) dos Estados Unidos em relação à aquisição da Activision Blizzard. Dessa vez, após a demissão de quase 2 mil funcionários da empresa de jogos, o órgão alegou na quarta-feira (07) contradições na promessa da big tech de deixar a Activision Blizzard operar de forma independente. A FTC pediu uma pausa temporária na aquisição enquanto investiga novas questões antitruste.

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FTC vs. aquisição da Activision Blizzard

A FTC já havia negado a aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft antes, até que a big tech reformulou a proposta e foi liberada para seguir com o negócio.

Um dos argumentos a favor da aquisição é que a Microsoft trataria a nova companhia como aquisição vertical, que funcionaria independentemente e, por isso, não precisaria de reestruturações e demissões.

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Agora, a comissão acusa a Microsoft de não cumprir a promessa. Isso porque, na última semana de janeiro, a companhia confirmou a demissão de 1.900 funcionários da Activision Blizzard e da Xbox, cerca de 8% da divisão geral de jogos. O Olhar Digital reportou o caso aqui.

Até que a FTC consiga investigar o caso, a aquisição está pausada.

Microsoft Activision
(Imagem: CryptoFX / Shutterstock)

O que diz a Microsoft

  • A Microsoft alegou que os cortes eram em “áreas de sobreposição” entre as duas empresas. A FTC respondeu que os argumentos de “sobreposição” são inconsistentes com o compromisso da big tech de deixar as duas operarem separadamente após a fusão.
  • A Microsoft voltou a responder nesta quinta-feira (08), dizendo que o órgão regulador não deu evidências de danos vindos da aquisição da Activision Blizzard.
  • A carta afirma que as demissões são “consistentes com as tendências mais amplas da indústria de jogo” e que a própria Activision já estava planejando eliminar um número significativo de empregos enquanto ainda operava como empresa independente. Portante, as demissões do mês passado não são culpa inteiramente da fusão.
  • Em resposta ao site Endadget, a Microsoft ainda disse que reestruturou a proposta de compra após conflitos com a autoridade reguladora do Reino Unido, o que resultou na não aquisição dos serviços em nuvem da Activision Blizzard nos Estados Unidos.
  • Por isso, a FTC estaria “ignorando a realidade de que o próprio acordo mudou”.