Agindo por conta própria: vídeo de robôs humanoides com chips da OpenAI impressiona

Desenvolvidos pela empresa 1X, os robóticos Eve são grande aposta da criadora do ChatGPT
Por Ronnie Mancuzo, editado por Bruno Capozzi 13/02/2024 15h05, atualizada em 15/02/2024 09h08
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Os robôs humanoides Eve, da fabricante norueguesa 1X (dotados de chips da OpenAI), são as estrelas de um novo vídeo impressionante. Segundo os autores, as cenas mostram movimentos e ações “sem teleoperação, computação gráfica, cortes, aceleração de clipe ou reprodução de trajetória com script”.

Ou seja, os robôs aparecem atuando conforme uma única rede neural baseada na visão que emite ações a 10 Hz. Cada humanoide processa imagens e realiza ações controladas de braços, pinças, tronco e cabeça “sem efeitos especiais”.

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Comparados a humanoides de outras empresas, como Tesla, Figure e Agility, o Eve da 1X pode parecer menos avançado. Por exemplo, atualmente, ele não possui pés ou mãos articuladas, mas sim se move sobre rodas e possui garras simples nos membros superiores.

Em contrapartida, o vídeo traz movimentos que parecem vindos de uma espécie de consciência bem avançada (para um robô). Dê uma olhada:

Grande investimento da OpenAI

No ano passado, a OpenAI forneceu seus chips para a 1X como parte de uma rodada de financiamento da Série A no valor de US$ 25 milhões. Em uma rodada de Série B, mais US$ 100 milhões foram investidos nesses trabalhos, mostrando que a criadora do ChatGPT realmente acredita nos robôs.

Neste estágio inicial, o foco parece ser menos sobre a complexidade física dos humanoides e mais nas capacidades funcionais. O que inclui a realização de tarefas básicas de manipulação, ideais para ambientes controlados como armazéns e fábricas.

A verdadeira inovação vem na forma de aprendizado e autonomia dos robôs, que conta com um processo de treinamento intenso, começando com aprendizado por imitação. Então, como resultado, um “modelo básico” é obtido, permitindo ajustes para tarefas específicas.

Ronnie Mancuzo
Redator(a)

Ronnie Mancuzo é analista de sistemas com especialização em cybercrime e cybersecurity | prevenção e investigação de crimes digitais. Faz parte do Olhar Digital desde 2020.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.