Semana com quatro dias de trabalho é abandonada na Hungria

A unidade húngara da Deutsche Telekom AG afirmou que não houve motivos para a manutenção definitiva de uma semana de trabalho mais curta
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 15/02/2024 02h00, atualizada em 29/02/2024 20h45
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Imagem: fizkes/Shutterstock
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A Deutsche Telekom AG, maior empresa de telecomunicações da Alemanha e da União Europeia, havia surpreendido ao anunciar um projeto de semana com apenas quatro dias de trabalho. A experiência, no entanto, não deu certo e a companhia agora vai retomar as operações de forma normal a partir do final de fevereiro deste ano na sua unidade localizada na Hungria.

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A semana com menos dias de trabalho foi testada por um ano e meio. Durante este período experimental, cerca de 300 dos quase cinco mil funcionários da empresa na Hungria trabalharam apenas quatro dias por semana e recebendo o mesmo salário.

A companhia afirmou que esta nova configuração não forneceu motivos suficientes para uma mudança definitiva. A Deutsche Telekom AG revelou que foi difícil sincronizar o trabalho de toda a equipe durante o projeto, que incluiu atendimento ao cliente, suporte técnico e de vendas.

Dessa forma, após reunir diversos feedbacks de gestores e até mesmo de funcionários envolvidos no teste, a empresa resolveu encerrar a experiência e retornar ao modelo de trabalho padrão. Um e-mail confirmando a alteração foi enviado para todos os funcionários nesta terça-feira (13). As informações são da Bloomberg.

Semana menor não emplacou

  • Diversos estudos realizados em vários países já apontaram que uma semana de trabalho mais curta apresenta benefícios no equilíbrio entre vida pessoal e profissional dos funcionários.
  • Fora da teoria, muitas empresas já tentaram adotar essa prática.
  • Foi o caso da filial da Microsoft no Japão (saiba mais clicando aqui).
  • Por lá, os funcionários da companhia tiveram uma jornada de trabalho de quatro dias por semana, com todas as sextas-feiras de folga.
  • E surpreendentemente, os resultados mostram um aumento na produtividade da equipe, bem como uma redução nos custos operacionais da empresa.
  • No entanto, a experiência também não foi levada adiante e parece não estar próxima de se tornar uma realidade para a maior parte da população mundial.
Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.