O Nubank é um dos principais exemplos de startups que deram certo no Brasil. Fundada em São Paulo, em 2013, essa fintech se popularizou em um mercado dominado até então pelos grandes bancos. Essas instituições financeiras continuam na liderança do setor, mas o desempenho do roxinho é notável – e a curva permanece de crescimento.

Dados divulgados em fevereiro mostram que a empresa registrou um lucro líquido ajustado de US$ 1,2 bilhão em 2023. Desse total, US$ 360,9 milhões fazem referência ao último trimestre do ano passado. O montante é mais de 6 vezes maior na comparação com o mesmo período de 2023.

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Apesar de positivo, o número veio um pouco abaixo da expectativa do mercado, que era de lucro líquido de US$ 410,7 milhões. Mesmo assim a cifra é elevada. Outro destaque vai para a receita do Nubank no período, que subiu 57% ano a ano, para um recorde de US$ 2,4 bilhões agora.

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Falando à agência de notícias Reuters, o diretor financeiro do banco digital, Guilherme Lago, atribuiu esse crescimento a 3 fatores principais:

“Aumento do número de clientes ativos, aumento da monetização do cliente ativo e a manutenção de uma estrutura de custo muito eficiente”, disse o CFO.

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O Nubank encerrou 2023 com quase 94 milhões de clientes e pretende ultrapassar os 100 milhões em 2024, de acordo com documento divulgado à imprensa.

Planos para mais

Além de aumentar a base de clientes, o Nubank tem planos para expandir seus negócios fora do país. Hoje, a empresa possui operações no México e na Colômbia. Atende um número bem menor de pessoas, mas a ideia é multiplicar esse número com a mesma fórmula que deu certo por aqui: não cobrar taxas, um aplicativo bem feito e a facilidade de permitir que quase todo mundo tenha uma conta (basta morar no país e ter mais de 18 anos).

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A base de clientes da fintech no Brasil atingiu 87,8 milhões de pessoas no fim do último trimestre, enquanto no México eram 5,2 milhões de clientes e, na Colômbia, acima de 800 mil. A instituição disse observar um “enorme potencial” para a América Latina e acrescentou que continua a investir em expansão geográfica e desenvolvimento de novos produtos.

Segundo levantamento do Banco Central, o Nubank é hoje a quarta instituição financeira com mais clientes aqui no país. Vale destacar, no entanto, que muita gente não usa efetivamente a startup. Acaba baixando o app e se cadastrando, mas utiliza mesmo as plataformas de outros bancos mais tradicionais.

Só para você ter uma ideia, o lucro líquido do Itaú Unibanco, por exemplo, bateu a marca R$ 35,6 bilhões em 2023, uma alta de 15,7%. O valor é bem maior que o US$ 1,2 bilhão (quase R$ 6 bi) do Nubank.

Bancos digitais são o futuro?

  • São o presente, na verdade.
  • Um levantamento feito pelo Bank of America mostra que as chamadas fintechs bateram agora em 2024 a marca de 1 bilhão de downloads aqui no Brasil.
  • Nessa conta, tem muita gente que baixou e depois excluiu o app – e depois baixou de novo.
  • É verdade também que nem todo mundo usa o banco digital efetivamente – só deixa um cadastro aberto.
  • Mas ainda assim o número é impressionante.
  • O Nubank lidera nesse segmento, seguido pelo PicPay, Mercado Pago, PagBank e Banco Inter, segundo o Bank of America.

Sobre a pergunta do subtítulo, especialistas acreditam que as fintechs devem coexistir com os bancos tradicionais por muito tempo ainda – até porque as instituições mais antigas estão se atualizando e levando seus serviços para os meios digitais.

A tendência, portanto, é que as pessoas tenham mais de uma conta em diferentes bancos. Só não vale se atrapalhar com os vários cartões de crédito.