Nós do Olhar Digital estamos acompanhando de perto as últimas informações sobre um dos principais lançamentos do ano no quesito tecnologia vestível, a chamada wearable.

O AI Pin, da startup Humane, é uma espécie de broche inteligente que poderá substituir um smartphone. Ele permite que você atenda ao telefone, faça pesquisas e traduza frases, como se andasse com uma Alexa pendurada no peito.

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A previsão inicial era de que os primeiros aparelhos fossem entregues agora em março. A Humane, no entanto, acaba de divulgar um vídeo nas redes sociais informando o adiamento para meados de abril, no mínimo.

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A notícia foi dada pelo chefe de comunicação da empresa, Sam Sheffer, em um vídeo postado no X (antigo Twitter):

O lado positivo do atraso é que a startup prometeu dar alguns mimos para os seus clientes. Eles ganharão 3 meses de assinatura grátis para usar o serviço, além de frete grátis. A promoção vale também para novos compradores, desde que eles adquiram o produto até o dia 31 de março.

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Lembrando que essa assinatura será bastante cara: US$ 24 por mês, algo em torno de R$ 120, além do custo com o broche em si, que sai por US$ 699 (mais ou menos R$ 3.500).

Como o dispositivo vai funcionar

  • O dispositivo funciona com uma Inteligência Artificial que projeta informações na mão do usuário.
  • O AI Pin é do tamanho de uma bolacha quadrada e conta com uma câmera, microfone, alto-falante, sensores e um projetor a laser, sendo fixado magneticamente na roupa.
  • O broche foi apresentado pelo co-fundador da Humane, Imran Chaudhri, durante uma conferência em 2023.
  • Na demonstração, o AI Pin conseguiu atender ligações, fornecer informações de compras, traduzir frases e até mesmo oferecer opiniões sobre escolhas alimentares.
  • Como substituto do smartphone, o broche opera com conectividade móvel MVNO, sigla em Inglês para mobile virtual network operator.
  • Essa operadora de rede móvel virtual é a americana T-Mobile, que fornecerá um número telefônico dedicado, armazenamento na nuvem e acesso aos aplicativos de IA da Humane – por isso a assinatura mensal de US$ 24.

Será que vale a pena?

Meus amigos, tudo vale a pena se você tem dinheiro para isso! Brincadeiras à parte, li alguns reviews do produto nos EUA e as impressões foram positivas, mas… eles não apostam que o broche vai vingar no mercado.

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Primeiro por causa do preço elevado. Um iPhone de última geração sai por US$ 100 dólares a mais apenas (no modelo mais básico). E o celular da Apple tem uma infinidade de funções que o AI Pin não oferece.

Além disso, a assinatura de US$ 24 é uma pedra no sapato para a novidade. Custa bem mais que as principais plataformas de streaming, por exemplo, e é um gasto praticamente eterno – a não ser que a empresa mude o atual funcionamento.

Por US$ 699 mais uma assinatura mensal de US$ 24, você poderá ligar para amigos, conversar com assistentes de voz, interagir com uma câmera e projetar uma tela… Nenhum desses conceitos é realmente novo.

Celulares já fazem essas coisas. Indo para o campo dos vestíveis, smartwatches e óculos de realidade mista também. E nenhum deles tem a cobrança de uma assinatura mensal.

Além disso, o site The Verge apontou para um detalhe importante: todas as imagens de marketing da Humane mostram o dispositivo preso a blazers ou moletons.

Considerando que ele pesa tanto quanto uma bola de tênis, é muito provável que uma camiseta ou um vestido não suportem o broche sem que fiquem deformados. Ou seja, será que ele é realmente tão vestível assim?

É claro que o hype em torno do AI Pin é compreensível. É uma tecnologia bacana e ousada. E não estamos aqui torcendo contra, apenas tentando entender como funciona. Talvez o futuro possa mesmo ser sem telas, como pretende essa startup. Só que esse futuro não é agora. Aguardemos o lançamento efetivo.

As informações são do The Verge.