Assim como o T-Rex é considerado o “rei” dos dinossauros terrestres, alguma espécie deve ocupar essa posição entre os seres aquáticos.

Os principais predadores marinhos pertenciam à família dos mosassauros e os cientistas acabaram de descobrir um fortíssimo candidato a “terror dos mares”.

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Uma equipe internacional encontrou um fóssil gigantesco na região de Sidi Chennane, na Bacia Oulad Abdoun, província de Khouribga, no Marrocos.

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A nova descoberta foi batizada de Khinjaria acuta e é um plioplatecarpus, um subconjunto dos mosassauros que eram conhecidos por serem nadadores velozes e caçadores natos.

Este fóssil, no entanto, apresentou algumas características que levam a crer que estamos falando de um grande predador, talvez um dos maiores daquela época.

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Dentes em forma de adaga

  • O nome escolhido para a espécie vem da palavra árabe “khinhar” que significa punhal e da palavra latina “acuta” que significa afiado.
  • Isso faz, portanto, referência aos dentes grandes e afiados encontrados no fóssil.
Olha o tamanho desse dente! – Imagem: Reprodução/Cretaceous Research
  • O autor principal, Dr. Nick Longrich, da Universidade de Bath, explica como essa espécie se difere das outras:

“Alguns mosassauros tinham dentes para perfurar as presas, outros para cortar, rasgar ou esmagar. Agora temos Khinjaria. Ele tinha um rosto curto, com uma boca cheia de enormes dentes em forma de adaga”, disse o pesquisador.

  • O gigante teria nadado no que hoje é o Oceano Atlântico ao mesmo tempo em que o Triceratops vagava pela terra, antes do final do período Cretáceo, há cerca de 66 milhões de anos.
  • Para ser mais exato, os pesquisadores acreditam que o “terror dos mares” teria vivido na era Maastrichtiana, um dos últimos períodos do chamado Cretáceo Superior.
  • A equipe acredita que o lagarto marinho teria aproximadamente o tamanho de uma orca, com cerca de 7 a 8 metros de comprimento.
  • Com base na morfologia dos dentes, eles suspeitam que Khinjaria provavelmente se alimentava de grandes espécies de peixes ou mesmo de tubarões ou outros mosassauros.

Você pode conferir a íntegra do artigo científico aqui.

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Mar de monstros?

Os mosassauros são predadores marinhos bastante estudados, conhecidos pelo registro fóssil por possuírem diferentes dentes e variações no formato do crânio, o que sugere uma ampla variedade de dietas e nichos para esses antigos répteis marinhos ocuparem.

Ou seja, os cientistas acreditam que os mares, naquela época, eram ocupados por várias criaturas gigantescas. Isso me lembra as gravuras da Idade Média que apresentavam o oceano como um covil de monstros.

Imagem: Sergey Mikhaylov/Shutterstock

Eles faziam desenhos assim justamente por temer o desconhecido, já que essa época antecedeu o período das grandes navegações.

Agora, com as novas descobertas científicas, talvez os achados históricos da Idade Média não estivessem tão errados assim. Talvez o mundo tenha tido, de fato, um verdadeiro mar de monstros. Só que não naquela época e sim há milhões de anos.

Esse novo estudo acrescenta evidências de que os ecossistemas oceânicos eram muito diferentes nessas eras antigas. Tudo indica que os mares podiam suportar vários predadores de ponta ao mesmo tempo. Bem diferente de hoje em dia, quando apenas alguns grandes predadores, como orcas e tubarões-brancos, dominam absolutos.

As informações são do IFL Science.