Um dos maiores mistérios da aviação mundial, o desaparecimento do voo MH370 da Malaysia Airlines completou 10 anos no último dia 8 de março. Agora, as buscas pela aeronave podem ser retomadas em uma operação no sul do Oceano Índico. Mas será que ainda é possível ter esperanças de encontrar o avião?

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Desaparecimento do avião completou 10 anos (Imagem: ahmad.faizal/Shutterstock)

Localização do avião é um mistério até hoje

Ao todo, 239 pessoas, sendo 227 passageiros (a maioria chineses) e 12 tripulantes, estavam a bordo do Boeing 777 que saiu de Kuala Lumpur, na Malásia, com destino a cidade de Pequim. Mesmo tanto tempo depois, e apesar de alguns destroços terem chegado à costa leste africana e às ilhas do Oceano Índico, o local exato da queda do avião continua um mistério.

Em 18 de março de 2014, dez dias após o desaparecimento do MH370, uma busca foi realizada por diversos países. Os trabalhos cobriram uma área de 4,5 milhões de quilômetros quadrados de oceano e duraram até 28 de abril. Nenhum destroço foi encontrado.

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Posteriormente, novas buscas subaquáticas a 2.800 km da costa da Austrália Ocidental também não encontraram nenhuma evidência da queda da aeronave. Dois anos mais tarde, em 2017, todos os trabalhos foram oficialmente encerrados.

Hoje, mesmo após alguns destroços terem chegado à costa leste africana e às ilhas do Oceano Índico, o local exato da queda do avião continua um mistério. As informações são da IFLScience.

Destroços do avião chegaram à costa leste africana e às ilhas do Oceano Índico (Imagem: Muhammad Amirul Azmi/Shutterstock)

Novas buscas

  • Nos últimos dias, o ministro dos Transportes da Malásia, Anthony Loke, prometeu convidar a empresa de robótica marítima Ocean Infinity, com sede no Texas, para ouvir uma proposta sobre a realização de uma nova operação de buscas.
  • Segundo Loke, se as provas apresentadas pela empresa forem credíveis, ele irá pedir aprovação do Gabinete para um novo contrato de retomada dos trabalhos. 
  • A empresa afirma que a tecnologia avançou muito desde o fim oficial das buscas e que está otimista.
  • A Ocean Infinity quer usar uma frota de veículos submarinos autônomos com resolução aprimorada durante os trabalhos.
  • A nova operação reduz significativamente a área de busca, mas pode ser estendido para o norte em caso de necessidade.
  • O local a ser analisado tem cerca de 4 mil metros de profundidade e as temperaturas da água variam de 1°C a 2°C, com baixas correntes.
  • Isso significa que, mesmo após dez anos, o campo de detritos estaria relativamente intacto.
  • “Portanto, há uma alta probabilidade de que os destroços ainda possam ser encontrados. Se uma busca futura for bem-sucedida, isso traria um fechamento não apenas para as famílias daqueles que morreram, mas também para as milhares de pessoas que estiveram envolvidas nos esforços de busca”, garante Charitha Pattiaratchi, professora de Oceanografia Costeira da Universidade da Austrália Ocidental.