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A atriz Marilyn Monroe acaba de aumentar a lista de celebridades mortas ressuscitadas digitalmente. A startup Soul Machines lançou a “Digital Marilyn”, um chatbot projetado para se parecer e falar exatamente como a estrela de Hollywood, na última sexta-feira (8), Dia Internacional da Mulher.
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O anúncio foi feito pelo Instagram:
A empresa, especializada no que chama de Pessoas Digitais com Inteligência Artificial Biológica, estreou o novo bot no SXSW em parceria com o Authentic Brands Group. O ABG detém os direitos sobre a imagem de Monroe e de inúmeras outras celebridades, mortas e vivas, incluindo Elvis Presley.
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A Digital Marilyn é alimentada por GPT 3.5, uma tecnologia da OpenAI. Segundo comunicado da Soul Machines à imprensa, a novidade é “hiper real” e capaz de responder com “emoções e expressões diferenciadas”. Ela pode também manter uma conversa de aproximadamente 20 minutos!
“É como se a centelha da própria Marilyn tivesse sido traduzida para a era da IA, oferecendo uma conexão única e profundamente pessoal tanto para fãs devotos quanto para novatos curiosos”, disse a empresa em uma postagem no blog deles.
Outros famosos
A Souls Machine mantém outros 3 chatbots de famosos disponíveis em sua plataforma – e todos eles estão vivos.
- Se pagar pela assinatura mensal, você pode conversar com o rapper Mark Tuan.
- Tem ainda a opção de um bate-papo com o lutador Francis Ngannou.
- Ou o ex-jogador de golfe Jack Nicklaus.
- Para os fãs de basquete, a companhia trabalha com a possibilidade de um chatbot do astro da NBA Carmelo Anthony.
A Soul Machines afirma que oferece às pessoas uma forma de “se envolverem individualmente com seus ídolos”.
Lembrando que essa ideia de aproximar os fãs das celebridades ou de reviver antigas estrelas não é nova. De Michael Jackson a Elis Regina, aqui no Brasil, vários famosos fizeram aparições em comerciais e apresentações – mesmo décadas depois das suas mortes.
O Olhar Digital tem um texto citando alguns desses casos.
Discussão ética
Usar a imagem dessas pessoas para lucrar e sem a autorização delas é legal? É ético? Esse é um dos questionamentos que têm sido feitos nos Estados Unidos em torno deste tema.
Na Soul Machines, os outros 3 chatbots são feitos com base em pessoas vivas – e que deram autorização. Mas e no caso da Marilyn? E de tantas outras celebridades que não podem mais opinar sobre isso?
Especialistas defendem que sejam feitas novas leis que se adaptem a essa nova realidade. Não só neste campo, mas também em relação a deepfakes e outras formas com que a Inteligência Artificial tem sido utilizada na sociedade.
Um dos pontos da greve dos atores de Hollywood falava justamente da IA. Como já existem ferramentas que permitem emular voz e rostos com perfeição, eles vão perder os empregos? Como controlar o uso de suas imagens por terceiros na internet?
Poderíamos listas centenas de perguntas relacionadas a esse tópico. E ainda o faremos, uma vez que o assunto continuará rendendo por muito tempo. Cabe agora às autoridades e às próprias big techs discutirem o melhor caminho.
Até lá, eu prefito continuar conversando com pessoas reais. E nada contra a Marilyn Monroe.
As informações são do Engadget.
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