Uma grande exibição de aurora em Fairbanks, no Alasca, na terça-feira (12), que durou uma hora. Crédito: Paul D. Maley via Spaceweather.com
Conforme noticiado pelo Olhar Digital, março é o melhor mês do ano para se observar auroras. Com a proximidade do equinócio outonal, que será na próxima quarta-feira (20), a tendência é que isso se intensifique ainda mais.
Equinócio de março de 2024:
De acordo com registros históricos, distúrbios geomagnéticos causados pelos ventos solares são quase duas vezes mais prováveis durante os equinócios (março/abril e setembro/outubro) do que nos demais meses.
Mesmo jatos de material solar fracos são capazes de provocar auroras nessas épocas, como resultado do chamado efeito Russell-McPherron, que eleva a atividade geomagnética nos dias em torno dos equinócios, causando rachaduras na magnetosfera do planeta, o que aumenta a ocorrência das luzes do norte.
A imagem abaixo foi capturada por Matt Melnyk, enquanto pilotava um Boeing 787 Dreamliner sobre Calgary, no Canadá, a 10 mil metros do solo. “Às vezes estávamos tão ao norte, que eu podia ver a aurora ao sul! A cabine de comando é o escritório com a melhor vista do mundo”.
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Fenômeno óptico que ocorre em latitudes extremas do globo terrestre, a aurora (boreal, quando formada no norte e austral, quando é formada no sul) é frequentemente visível a olho nu e é avistada nos céus noturnos. Apesar de geralmente apresentarem uma cor esverdeada leitosa, essas luzes também podem exibir tons de vermelho, azul, violeta e rosa.
Como as auroras se formam:
Cores padrão das auroras:
Outro fenômeno mais provável de ocorrer nos dias em torno dos equinócios são os STEVEs (sigla em inglês para “forte aumento da velocidade térmica”). As correntes de plasma que fluem como fitas através da magnetosfera perturbada da Terra brilham roxas no céu noturno, como na foto abaixo.
Fred Hirschmann, fotógrafo responsável pelo registro, viu este STEVE sobre Glacier View, no Alasca, na quarta-feira (13). “Minha esposa, Randi, e eu saímos para jantar ao ar livre à meia-noite. Ela notou uma faixa estreita de luz que se estendia ao longo do horizonte. Eu disse que poderia ser um STEVE e corri para dentro para pegar minha câmera. Uma exposição de dez segundos em f2.8 e ISO 1600 revelou a cor roxa reveladora desse fenômeno”.
Hirschmann conta que, após o avistamento, verificou os dados de vento solar na plataforma de meteorologia e climatologia espacial Spaceweather.com. “O campo magnético do vento solar que chegava tinha virado para o sul por algumas horas”, observou. Essa é exatamente a condição que abre uma “rachadura de equinócio”.
Embora pareça, o STEVE não é um tipo de aurora – o brilho multicolorido que aparece em altas latitudes quando partículas de radiação solar colidem com átomos na atmosfera superior da Terra. Equivocadamente, no entanto, muitas publicações insistem nessa classificação.
Enquanto as auroras, como explicado acima, tendem a cintilar em amplas faixas de luz verde, azul ou avermelhada, dependendo de sua altitude, o STEVE normalmente aparece como uma única fita de luz lilás e branca que se estende por centenas de quilômetros. Às vezes, essa fita luminosa é acompanhada por uma linha verde de luzes picotadas, semelhante a uma cerca.
Esta post foi modificado pela última vez em 15 de março de 2024 19:51