NASA pagou US$ 1 bilhão a astronauta para impedir queda de asteroide na Terra

Missão OSIRIS-REx foi lançada em 2020 para trazer um pedaço do asteroide à Terra e estudar sua composição
Por Ana Julia Pilato, editado por Lucas Soares 15/03/2024 15h16, atualizada em 05/08/2025 09h45
asteroide bennu
Bennu (Imagem: NASA)
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Em 2011, Dante Lauretta, professor de Ciências Planetárias e Cosmoquímica no Laboratório Lunar e Planetário da Universidade do Arizona, nos EUA, embarcou em um projeto de 1 bilhão de dólares da NASA para coletar amostras de um asteroide que vai colidir com a Terra em 2182.

Entenda:

  • Em 2011, o astronauta Dante Lauretta, da Universidade do Arizona, nos EUA, embarcou em um projeto de 1 bilhão de dólares da NASA para coletar amostras de um asteroide que pode colidir com a Terra em 158 anos;
  • Com diâmetro aproximado à altura do Empire State Building, o asteroide Bennu deve colidir com o planeta em setembro de 2182, resultando em consequências catastróficas;
  • Para estudar a composição e os riscos de colisão do asteroide, a missão OSIRIS-REx lançou uma espaçonave em outubro de 2020 para coletar um pedaço da rocha e trazê-lo de volta à Terra;
  • O pouso foi um sucesso e, em setembro de 2023, a amostra finalmente chegou à Terra. Análises divulgadas em fevereiro deste ano revelaram que o asteroide contém grandes quantidades de água e carbono, podendo indicar que fazia parte de um planeta rico em água que existiu há milhões de anos;
Amostras Bennu (Crédito: NASA/Erika Blumenfeld/Joseph Aebersold)
Amostras Bennu (Crédito: NASA/Erika Blumenfeld/Joseph Aebersold)

Em relatos publicados no Daily Mail e em seu livro The Asteroid Hunter, Lauretta conta que a missão OSIRIS-REx era descobrir tudo o que fosse possível sobre o asteroide Bennu, cujo diâmetro se aproxima da altura do Empire State Building. Com a estimativa de que ele colida com a Terra em setembro de 2182, consequências catastróficas poderiam assolar o planeta.

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Missão da NASA trouxe pedaço de asteroide de volta à Terra

Além de enviar uma espaçonave até o asteroide, a OSIRIS-REx também buscava trazer um pedaço da rocha de volta à Terra para estudar sua composição. A missão foi lançada em outubro de 2020, como relata Lauretta: “Minha pequena equipe se reuniu no centro de controle no Colorado, cada um de nós vestindo os uniformes azuis da NASA, prontos para testemunhar o sucesso ou o fracasso da OSIRIS-REx.”

Representação artística da sonda OSIRIS-REx coletando amostra do asteroide Bennu. Crédito: NASA

“Eu estava muito nervoso, tentando acompanhar o relógio de parede enquanto ouvia o controlador da missão ler os marcos críticos”, diz o astronauta. Felizmente, a missão foi um sucesso: o pouso ocorreu sem complicações no coração de Nightingale – local escolhido para uma seleção de amostra.

Em setembro de 2023, a amostra finalmente chegou à Terra. Análises divulgadas em fevereiro deste ano constataram que o asteroide contém grandes quantidades de água e carbono, levando os pesquisadores da Universidade do Arizona a acreditar que Bennu fazia parte de um planeta rico em água que existiu há milhões de anos.

Ana Julia Pilato
Colaboração para o Olhar Digital

Ana Julia Pilato é formada em Jornalismo pela Universidade São Judas (USJT). Já trabalhou como copywriter e social media. Tem dois gatos e adora filmes, séries, ciência e crochê.

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.