Em 2011, Dante Lauretta, professor de Ciências Planetárias e Cosmoquímica no Laboratório Lunar e Planetário da Universidade do Arizona, nos EUA, embarcou em um projeto de 1 bilhão de dólares da NASA para coletar amostras de um asteroide que vai colidir com a Terra em 2182.
Entenda:
- Em 2011, o astronauta Dante Lauretta, da Universidade do Arizona, nos EUA, embarcou em um projeto de 1 bilhão de dólares da NASA para coletar amostras de um asteroide que pode colidir com a Terra em 158 anos;
- Com diâmetro aproximado à altura do Empire State Building, o asteroide Bennu deve colidir com o planeta em setembro de 2182, resultando em consequências catastróficas;
- Para estudar a composição e os riscos de colisão do asteroide, a missão OSIRIS-REx lançou uma espaçonave em outubro de 2020 para coletar um pedaço da rocha e trazê-lo de volta à Terra;
- O pouso foi um sucesso e, em setembro de 2023, a amostra finalmente chegou à Terra. Análises divulgadas em fevereiro deste ano revelaram que o asteroide contém grandes quantidades de água e carbono, podendo indicar que fazia parte de um planeta rico em água que existiu há milhões de anos;

Em relatos publicados no Daily Mail e em seu livro The Asteroid Hunter, Lauretta conta que a missão OSIRIS-REx era descobrir tudo o que fosse possível sobre o asteroide Bennu, cujo diâmetro se aproxima da altura do Empire State Building. Com a estimativa de que ele colida com a Terra em setembro de 2182, consequências catastróficas poderiam assolar o planeta.
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Missão da NASA trouxe pedaço de asteroide de volta à Terra
Além de enviar uma espaçonave até o asteroide, a OSIRIS-REx também buscava trazer um pedaço da rocha de volta à Terra para estudar sua composição. A missão foi lançada em outubro de 2020, como relata Lauretta: “Minha pequena equipe se reuniu no centro de controle no Colorado, cada um de nós vestindo os uniformes azuis da NASA, prontos para testemunhar o sucesso ou o fracasso da OSIRIS-REx.”

“Eu estava muito nervoso, tentando acompanhar o relógio de parede enquanto ouvia o controlador da missão ler os marcos críticos”, diz o astronauta. Felizmente, a missão foi um sucesso: o pouso ocorreu sem complicações no coração de Nightingale – local escolhido para uma seleção de amostra.
Em setembro de 2023, a amostra finalmente chegou à Terra. Análises divulgadas em fevereiro deste ano constataram que o asteroide contém grandes quantidades de água e carbono, levando os pesquisadores da Universidade do Arizona a acreditar que Bennu fazia parte de um planeta rico em água que existiu há milhões de anos.