(Imagem: hxdbzxy/Shutterstock)
A maior parte das cidades mais poluídas do mundo está na Índia. O mesmo vale para a Ásia, continente onde o país fica. É o que revela o 6º Relatório Anual de Qualidade do Ar no Mundo, elaborado pela empresa suíça IQAir a partir de dados (de 2023) fornecidos por milhares de estações de medição.
Entre as 100 cidades mais poluídas do mundo, 83 ficam na Índia – quatro encabeçam o ranking: Begusarai, Delhi (segunda mais populosa do mundo), Guwahati e Mullanpur. Ainda considerando o top 100 do relatório, 99 cidades ficam na Ásia, o maior continente do mundo.
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A crise climática desempenha um papel crucial na poluição do ar que afeta bilhões de pessoas globalmente. As 83 cidades indianas que constam no relatório da IQAir ultrapassaram em mais de dez vezes as diretrizes de qualidade do ar da Organização Mundial da Saúde (OMS), centradas no material particulado fino (PM2.5), conhecido por seus riscos à saúde.
O PM2.5, originário de fontes como combustão de combustíveis fósseis e incêndios florestais, pode causar sérios problemas de saúde. Entre eles, estão: doenças respiratórias e cardíacas, câncer e prejuízos cognitivos em crianças.
A cidade de Begusarai, na Índia, aparece no ranking do relatório como a mais poluída do mundo, com níveis de PM2.5 23 vezes acima do recomendado pela OMS. Confira abaixo os cinco países mais poluídos do mundo em 2023, segundo o relatório:
Na Ásia Central e do Sul, países como Bangladesh, Paquistão, Índia e Tadjiquistão sofreram com a pior qualidade do ar. E o Sul Asiático abriga 29 das 30 cidades mais poluídas.
A poluição do ar é um desafio global. O problema também afeta regiões como a América do Norte, onde incêndios florestais contribuíram para a degradação da qualidade do ar. Isso destaca a influência das mudanças climáticas nos padrões de poluição.
Na China, após anos de melhoria devido a políticas de ar limpo, houve um aumento na poluição do ar, indicando um revés na luta contra a poluição. No Sudeste Asiático, a qualidade do ar piorou em países como Indonésia e Tailândia.
O relatório apontou desigualdades significativas no monitoramento da qualidade do ar, com falta de dados em regiões como África, América do Sul e Oriente Médio. Mas evidenciou um aumento no engajamento cívico e científico no monitoramento da qualidade do ar globalmente.
Esta post foi modificado pela última vez em 19 de março de 2024 12:04