A análise de um fóssil de 247 milhões de anos fornece importantes informações sobre o passado da Terra. A partir das análises, pesquisadores concluíram que o Trachelosaurus fischeri é o réptil marinho de pescoço longo mais antigo do mundo.
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Mistério envolvendo o fóssil
- Os fósseis foram descobertos em 1918 na Alemanha.
- Na época, os cientistas não conseguiram determinar a que animal eles pertenciam.
- Isso porque os materiais foram encontrados espalhadas, dificultando o trabalho dos pesquisadores.
- Alguns trabalhos sugeriram que o fóssil era, na verdade, um protorossauro que se encaixava na ordem Squamata.
- As informações são do IFLScience.

Conclusão dos pesquisadores
Desde a descoberta do fóssil, muitos outros restos de répteis marinhos de aparência semelhante foram encontrados, sendo a maioria na China. Ao analisar de perto todos eles, a equipe de pesquisadores chegou a critérios que agrupam T. fischeri e outros fósseis chineses, principalmente o réptil totalmente marinho Dinocephalosaurus orientalis, criando uma nova classificação: Tanysauria.
Trachelosaurus fischeri é o primeiro fóssil deste grupo de répteis a ser encontrado fora da China. É também o réptil marinho de pescoço longo mais antigo conhecido até hoje. Através de pesquisas sobre fósseis chineses do réptil marinho de pescoço longo Dinocephalosaurus, conseguimos resolver o mistério do Trachelosaurus fischeri. A anatomia nos mostra que ele está intimamente relacionado ao Dinocephalosaurus.
Stephan Spiekman, pesquisador do Museu Estatal de História Natural de Stuttgart, na Alemanha
Originalmente, acreditava-se que o Trachelosaurus fischeri era um réptil de 150-170 centímetros de comprimento e tinha uma cabeça pequena e um pescoço muito longo, além de membros curtos e uma cauda moderadamente longa.
No início do período Triássico, houve um grande aumento de novas espécies de répteis tanto nos mares quanto andando em terra após o evento de extinção há aproximadamente 252 milhões de anos. A equipe acredita que o réptil marinho foi lavado para águas rasas, já que pegadas de tetrápodes também podem ser vistas em algumas das sete placas que compõem o fóssil. O estudo foi publicado no Swiss Journal of Palaeontology.