Se hoje nós sabemos como os dinossauros e outros seres vivos pré-históricos se pareciam, devemos aos fósseis. Apesar de aparentarem ser esculturas naturais em formato de animais ou plantas, os fósseis, na verdade, são bastante diferentes e possuem também formações diferentes. Vamos conhecer mais hoje?

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O que são fósseis?

Os fósseis são restos de organismos muito antigos, que ao longo de milênios foram conservados por processos naturais. São considerados fósseis restos com mais de 11 mil anos, e vários pertencem à época geológica do Holoceno. Os fósseis são estudados por profissionais chamados paleontólogos, e o seu estudo começou com o filósofo grego Xenófanes há mais de dois mil anos.

Podem ser considerados fósseis: ossos, pegadas, dentes, animais preservados no gelo e conchas frequentemente encontradas em rochas antigas. Fósseis de partes duras, ricas em cálcio, são mais comuns, pois os ossos e dentes são mais resistentes à decomposição – ficando expostos mais tempo aos diferentes processos que convertem a matéria orgânica em minerais.

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Para um animal morto se transformar em fóssil, é necessária uma série de processos que ocorrem muito lentamente ao longo de vários anos. O primeiro passo processo inicia-se quando um organismo morre em algum lugar com bastante solo em volta e seus restos ficam soterrados.

Porém, existem diversos outros tipos de fósseis, como ovos e pegadas que passaram por processos similares, mas não necessariamente foram soterrados imediatamente. Após o soterramento do indivíduo, dependendo dos materiais do solo, o processo de decomposição é desacelerado.

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Registro de profissionais trabalhand em fósseis no Australian Age of Dinossaurs
(Foto: Australian Age of Dinossaurs)

Tipos de fósseis

Existem dois tipos principais de fósseis. Aos de organismos damos o nome de somatofósseis. Esses são os restos de ossos, carapaças, folhas, troncos e outros vestígios de animais que viveram há muito tempo. Os somatofósseis são essenciais para que os paleontólogos estudem e entendam a morfologia e comportamentos destes seres vivos. Afinal, eles fornecem uma visão direta da anatomia, estrutura e, em alguns casos, do comportamento desses animais.

Em complemento aos somatofósseis, existem os vestígios da vida cotidiana dos indivíduos. Os icnofósseis são fósseis que identificam a atividade animal, representando vestígios que incluem pegadas, rastros, túneis, excrementos, marcas de dentadas, entre outros. São esses fósseis que fornecem informações valiosas sobre o comportamento desses organismos.

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Na paleozoologia, a parte da paleontologia que estuda os animais, esses fósseis são cruciais para o entendimento de organizações sociais, padrões migratórios e hábitos reprodutivos e alimentares desses animais.

Os fósseis são as testemunhas eternas da vida quando nosso planeta ainda era jovem, ou de quando nós humanos ainda não sabíamos registrar nossa própria história através da escrita. Sua pesquisa e entendimento proporcionam à humanidade uma oportunidade única de compreender a história natural da vida na Terra, além de recompor os passos de nossos antepassados.