A Organização Meteorológica Mundial (OMM) declarou, na terça-feira (19), que 2023 foi o ano mais quente já registrado. O secretário-geral da ONU, António Guterres, reforçou a urgência da situação climática do mundo. Para ele, o planeta está “à beira do abismo“.

Para quem tem pressa:

  • A Organização Meteorológica Mundial (OMM) declarou, na terça-feira (19), que 2023 foi o ano mais quente já registrado, com temperaturas médias 1,45ºC acima dos níveis pré-industriais. Para o secretário-geral da ONU, António Guterres, o planeta está “à beira do abismo”;
  • A tendência de aquecimento global continua, com previsão de novos recordes de temperatura para 2024, enquanto fenômenos climáticos extremos, como secas e ondas de calor, intensificam-se. Tudo isso traz impactos devastadores para os ecossistemas, especialmente nas regiões polares;
  • As consequências das mudanças climáticas são evidentes em eventos extremos, como inundações e incêndios florestais, que, por sua vez, exacerbam problemas como insegurança alimentar e deslocamento populacional. Resultado: as desigualdades globais aumentam;
  • Apesar dos desafios, a OMM aponta um aumento no uso de energias renováveis e um crescimento significativo na capacidade de geração de energia renovável em 2023. Isso destaca a necessidade de expandir o financiamento para ações climáticas e evitar o limite crítico de aquecimento de 1,5ºC.

Para você ter ideia, as médias de temperatura ficaram 1,45ºC acima dos níveis pré-industriais no ano passado, segundo a OMM (via DW). Este aumento representa uma elevação de 12% em relação ao recorde anterior de 2016. E o relatório da OMM enfatiza a crise climática como um desafio primordial para a humanidade.

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Planeta e o ‘abismo’

Poluição de ar em cidade grande
(Imagem: Pornprasert Khanchitchai/Shutterstock)

A OMM também prevê uma alta probabilidade de que 2024 estabeleça um novo recorde de temperatura, continuando a tendência de aquecimento global. O relatório climático de 2023 destaca a intensificação dos fenômenos climáticos extremos e suas consequências devastadoras.

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O relatório revelou recordes negativos, como a menor extensão de gelo marinho antártico e as maiores perdas glaciais já registradas. Isso reflete o impacto severo do aquecimento global nos ecossistemas polares.

(Imagem: TR STOK/Shutterstock)

Os impactos climáticos incluíram ondas de calor, secas, inundações e incêndios florestais intensificados, afetando negativamente a vida de milhões e causando prejuízos econômicos significativos. Estes eventos reforçam a necessidade de ações urgentes contra as mudanças climáticas, segundo a OMM.

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A mudança climática também tem contribuído para o aumento da insegurança alimentar e deslocamento populacional, o que exacerba as desigualdades globais. A OMM aponta para o crescente número de pessoas que enfrentam insegurança alimentar aguda como uma das graves consequências sociais e econômicas.

Luz no fim do túnel

Parte de trás de uma turbina de energia eólica
(Imagem: Stockr/Shutterstock)

Apesar dos desafios, a OMM identifica um aumento no uso de energias renováveis como uma tendência positiva. A agência destaca um crescimento de 50% na capacidade de geração de energia renovável em 2023, com potencial para expansão significativa até o final da década.

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O relatório enfatiza a necessidade de ampliar o financiamento para ações climáticas, destacando o aumento no investimento relacionado ao clima. Mas ressaltando ser necessário um aumento significativo dos fundos para evitar ultrapassar o limite crítico de aquecimento global de 1,5ºC.