O foguete Soyuz da Roscosmos que estava programado para levar três tripulantes para a Estação Espacial Internacional (ISS) na manhã do dia 21 de março precisou abortar seu lançamento. O raro acontecimento foi 21 segundos antes da decolagem.

  • O foguete estava programada para decolar às 10h21 do horário de Brasília, a partir do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão;
  • Os tripulantes a bordo do foguete eram a astronauta Tracy Caldwell Dyson, da NASA, o cosmonauta russo Oleg Novitskiy e a participante do voo espacial Marina Vasilevskaya, da Bielorrússia;
  • Com o aborto dessa decolagem, a próxima janela de lançamento será no sábado de manhã, mas ainda é incerto se ele irá acontecer.

Segundo Rob Navias, porta-voz da NASA, a interrupção do lançamento foi feita por um sistema automático, pouco antes dos motores começarem a queimar. Em comunicado, a Roscosmos apontou que o aborto aconteceu devido a uma bateria descarregada.

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Logo após a interrupção, a agência espacial russa enviou engenheiros até a plataforma para garantir a segurança do veículo e verificar se a tripulação poderia ser extraída sem riscos.

O veículo está seguro, todas as operações de abastecimento foram encerradas. Todos os comandos de segurança foram fornecidos a bordo do foguete para que não haja perigo para a tripulação. Eles estão perfeitamente seguros.

Rob Navias
Tripulação do fogeute Soyus se despendindo antes de entrarem no veiculo e a missão ser abortada. De baixo para cima são Oleg Novitskiy, Tracey Caldwell Dyson e Marina Vasilevskaya (Crédito: NASA TV)
Tripulação do foguete Soyus se despendendo antes de entrar no veículo e a missão ser abortada. De baixo para cima são Oleg Novitskiy, Tracey Caldwell Dyson e Marina Vasilevskaya (Crédito: NASA TV)

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Foguete Soyuz

Os foguetes e a espaçonave tripulada Soyuz são utilizados pela Roscosmos para mandar regularmente astronautas e cosmonautas para ISS há cerca de 24 anos. Antes disso, o veículo também era utilizado para enviar tripulantes para a Estação Espacial Mir, de propriedade da União Soviética e depois da Rússia.

Abortos pouco antes do lançamento desses foguetes são eventos raros. Em 2018, outro lançamento para ISS, que levava o cosmonauta Alexey Ovchinin e o astronauta Nick Hague, da NASA, precisou ser abortado já durante o voo. O ocorrido fez com que a cápsula que carregava a tripulação fosse liberada e um pouso de emergência fosse realizado. Dessa vez a interrupção se deu devido a um sensor deformado no foguete.

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Rumo à ISS

Aindanão se sabe qaundo a proxima tentativa de lançamento irá acontecer (Crédito: GCTC/Andrey Shelepin)
Ainda não se sabe quando a próxima tentativa de lançamento irá acontecer (Crédito: GCTC/Andrey Shelepin)

Os tripulantes da ISS Dyson, Novitskiy e Vasilevskaya estavam programados para se juntar ao restante da tripulação da ISS poucas horas depois do lançamento. Dyson e Novitskiy iriam se juntar à tripulação da Expedição 71 para passar cerca de seis meses na plataforma. Já a estadia de Vasilevskaya estava programada para durar apenas 12 dias, depois disso ela voltaria para Terra com a tripulação da Expedição 70.

Com o problema no lançamento, ainda não está certo quando a decolagem realmente irá acontecer. Apesar da próxima oportunidade ser no sábado, os engenheiros da Roscosmos precisam entender melhor o que levou a falha e realizar as correções necessárias.

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Também no dia 21, durante a tarde, o foguete Falcon 9 da SpaceX e uma nave de carga Dragon foram lançados em direção a ISS a partir do Complexo de Lançamento Espacial 40 na Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida. O veículo carregava cerca de 2 toneladas de suprimentos frescos para a plataforma.