Eclipse Solar Total aumentou número de mortes no trânsito em 2017; entenda como

Revelação acende mais um sinal de alerta para as autoridades dos EUA, que se preparam para um novo Eclipse Solar Total em abril
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Lucas Soares 26/03/2024 15h59, atualizada em 27/03/2024 21h06
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Um Eclipse Solar Total é esperado para o mês de abril. O fenômeno poderá ser avistado em quase toda a América do Norte e tem deixado as autoridades dos Estados Unidos em alerta. O principal temor é em relação ao aumento considerável de turistas, o que pode causar o colapso dos serviços de emergência do país. Mas um novo estudo acende mais um sinal de preocupação, desta vez relacionado aos motoristas.

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Eclipse solar total no céu em 1919
Eclipse Solar Total pode aumentar insegurança no trânsito (Imagem: Domínio Público)

Perigo nas estradas

O último eclipse solar total nos EUA aconteceu em 2017. Na oportunidade, o número de acidentes de trânsito com mortes aumentou. Segundo pesquisadores, cerca de 20 milhões de pessoas viajaram para ver o fenômenos há 7 anos. Isso causou congestionamentos de até 13 horas em algumas regiões do país.

Além disso, houve 30% mais acidentes fatais no período. Foram cerca de 10 colisões com morte por hora no dia anterior, no dia e no dia seguinte ao eclipse, em comparação com cerca de 8 óbitos na estrada por hora durante os períodos de controle “normais”.

Em termos absolutos, diz o estudo, essa média é de uma pessoa extra envolvida em acidentes a cada 25 minutos e uma fatalidade extra a cada 95 minutos. O risco relativo de sofrer um acidente fatal foi 70% maior do que o normal para os jovens e 40% maior do que em dias normais de tempo claro. As chances de sofrer um acidente de trânsito grave, mas não fatal, também eram duas vezes mais prováveis durante o eclipse de 2017.

De acordo com os pesquisadores, as principais causas de mortes no trânsito foram dirigir em rotas desconhecidas, dirigir acima da velocidade permitida, embriaguez ao volante e parar repentinamente em locais inadequados para não perder o fenômeno.

O estudo foi publicado no JAMA Internal Medicine. As informações são da ScienceAlert.

Estudo aponta que houve 30% mais acidentes fatais nos EUA durante último Eclipse Solar Total (Imagem: William A. Morgan/Shutterstock)

O eclipse

  • No dia 8 de abril a Lua cobrirá o Sol num Eclipse Solar Total que poderá ser visto de várias regiões da América do Norte, possibilitando que milhões de pessoas observem o fenômeno, que resulta numa cobertura quase perfeita da estrela. Infelizmente, o evento não será visto do Brasil.
  • O fenômeno é o mesmo que foi registrado em 2017, mas há algumas diferenças.
  • No último evento do tipo, a Lua estava um pouco mais distante da Terra, assim a faixa onde o fenômeno pode ser observado em sua totalidade variava de 100 a 115 quilômetros de largura.
  • No que acontece em abril, essa faixa irá variar de 170 a 200 quilômetros.
  • O Eclipse Solar Total deste ano poderá ser visto por cidades e áreas mais densamente povoadas, permitindo que 31,6 milhões de pessoas assistam o fenômeno, em comparação com as 12 milhões de 2017.
  • No eclipse de 2017, o período mais longo de sua totalidade aconteceu próximo a Carbondale, Illinois e durou de 2 minutos e 42 segundos.
  • Em 2024, ele será mais longo próximo a Torreón, no México, durando cerca de 4 minutos e 26 segundos.
  • Durações superiores a 4 minutos, no entanto, também acontecerão até próximo da fronteira do Canadá, quando o eclipse durará 3 minutos e 21 segundos;
  • Outra diferença é que o ano de 2024 é mais próximo do máximo solar, onde a atividade da estrela é maior.
  • Assim, quando a Lua cobrir o Sol, é bem provável que serpentes de fogo na coroa estelar, diferente da aparência mais simples de 2017.
Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.