Duna: Parte 2 tem feito muito sucesso nos cinemas. Mas você sabia que um detalhe do filme de ficção científica de Denis Villeneuve apresenta semelhanças com a vida real? Estamos falando dos Shai-Hulud, os vermes de areia que habitam os desertos de Arrakis na trama.
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Os vermes de areia Selkirkia
De volta à vida real. Durante a Explosão Cambriana, há mais de 500 milhões de anos, os antigos vermes Selkirkia eram alguns dos predadores mais comuns no fundo do mar. Eles apresentavam uma cabeça coberta por fileiras de espinhos curvos e mediam apenas alguns centímetros.
Se você fosse um pequeno invertebrado se deparando com eles, teria sido seu pior pesadelo. É como ser engolido por uma correia transportadora de presas e dentes.
Karma Nanglu, paleontólogo de Harvard
Esses animais vorazes desapareceram há centenas de milhões de anos. Mas um conjunto de fósseis recentemente analisados no Marrocos revela que eles persistiram por muito mais tempo do que se pensava anteriormente.

Nova espécie
- Um estudo publicado na revista Biology Letters descreveu uma nova espécie de verme Selkirkia que viveu 25 milhões de anos depois que os animais foram considerados extintos.
- Os fósseis são da Formação Fezouata, um depósito que remonta ao período Ordoviciano Inferior, que começou há cerca de 488 milhões de anos e se estendeu por quase 45 milhões de anos.
- A espécie foi chamada de tsering, que vem da palavra tibetana para “vida longa”.
- Análises confirmaram que os animais viviam em ambientes mais próximos ao Polo Sul, onde o atual Marrocos estava situado durante o período Ordoviciano.
- O trabalho também sugere que os vermes experimentaram pouca mudança evolutiva ao longo de 40 milhões de anos.
- As informações são do The New York Times.