Enquanto os fãs de videogame especulam quando e como serão os consoles da próxima geração, a Microsoft trabalha em silêncio de olho em um novo público. A empresa planeja, claro, lançar um concorrente para o PlayStation 6 e para o Switch 2 (se é que vão se chamar assim mesmo). Mas a big tech também estaria pensando em um portátil – que estrearia antes mesmo do próximo Xbox.

Existem alguns rumores nesse sentido – e as coisas esquentaram ainda mais depois de uma entrevista que o CEO da Microsoft Gaming, Phil Spencer, deu ao site gringo Polygon. Ele não confirmou nada, mas deu indícios muitos fortes de que esse será o futuro da marca.

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Spencer citou vários dispositivos portáteis de jogos para PC existentes, entre eles o Asus ROG Ally, o Lenovo Legion Go e o Steam Deck. Elogiou todos, mas disse que queria torná-los mais Xbox, no sentido de ter toda a biblioteca do console na palma da mão, assim como os saves dos jogos.

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“Quero poder inicializar o aplicativo Xbox em tela inteira, mas em modo compacto. E toda a minha [experiência] social está lá. Como se eu quisesse que parecesse o painel do meu Xbox quando ligo a televisão. [Exceto que eu quero] nesses dispositivos”, disse o chefão da Microsoft.

Steam Deck
Esse é o Steam Deck – Imagem: Mr.Mikla / Shutterstock

Hardware ou software?

  • Nessa mesma entrevista, Phil Spencer citou os termos hardware e software.
  • Hardware, a grosso modo, seria a parte física do aparelho eletrônico.
  • Já o software é o sistema, a parte que executa as operações.
  • Pelo que deu para entender da fala do chefão da Microsoft Gaming, a empresa ainda não teria batido o martelo (ou ele não quis falar) se a apsota será num portátil físico do Xbox ou em uma espécie de aplicativo que rodaria em outros dispositivos.
  • Essa segunda hipótese seria algo mais voltado para as gerações mais novas:

“Essa ideia de que o Xbox só pode ser esse dispositivo que se conecta à televisão não é algo que vemos na pesquisa da Geração Z. Porque nada é assim para eles. Alguns terão um iPhone, alguns terão um Android, mas todos os jogos e tudo mais é igual. Ainda posso acessar o TikTok em ambos. Todos os conteúdos estão disponíveis onde quer que eles queiram”, afirmou Spencer.

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  • Vale destacar que todas essas dúvidas devem acabar em junho deste ano, quando acontecerá a nova Xbox Showcase.
  • Segundo a executiva Sarah Bond, o evento vai trazer “algumas coisas interessantes”.

Uma nova era do Xbox sem exclusivos?

Voltando a falar na entrevista de Phil Spencer, ele voltou a defender a decisão da Microsoft de liberar alguns games exclusivos para os concorrentes PlayStation e Nintendo.

O CEO explicou que a indústria do setor ficou extremamente cara – “a Matemática mudou”, nas palavras dele. Spencer disse que muitos estúdios trabalham de freio de mão puxado com medo de lançar jogos diferentes e criativos porque esses games já saem com a obrigação de venderem milhares de cópias (para se pagarem).

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A esclusividade limita ainda mais o mercado, dificultando que os produtos alcancem os números mínimos de venda. Segundo Spencer, seu objetivo não é crescer “às custas da indústria”, mas sim “com a indústria”.

“Eu direi que cada decisão que tomamos hoje e amanhã é para o benefício do Xbox. Eu sei que às vezes as coisas são politizadas, que há algum mal nos bastidores nos fazendo tomar decisões – ‘Phil odeia exclusividades e é por isso que agora estamos como PlayStation e Switch.’ Mas cada decisão que tomamos é para tornar o Xbox mais forte a longo prazo”, concluiu.

Lembrando que a Microsoft liberou até agora 4 exclusivos: Hi-Fi Rush, Pentiment, Sea of Thieves e Grounded. Novos títulos devem entrar nessa lista em breve.

pentiment
Pentiment já está disponível para compra na PS Store – Imagem: Divulgação/Obsidian

As informações são do site Polygon.