O mundo de hoje muda rápido e muitas paisagens e cenários se transformam com frequência. Por conta disso, impressiona quando nos deparamos com algumas coisas que sobrevivem à ação do tempo por séculos ou até milênios. As árvores são um grande exemplo disso.

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Árvores podem viver por milhares de anos, e existe uma em especial que está de pé desde quando o Antigo Egito levantava suas pirâmides. Trata-se de um pinheiro-da-califórnia, que fica em um ponto entre a cordilheira de Sierra Nevada, na Califórnia, e a fronteira de Nevada.

É uma árvore que possui impressionantes 4.789 anos de existência. Um período tão longo que ela foi batizada de Matusalém, uma referência direta ao personagem bíblico conhecido por ter, supostamente, vivido por 969 anos.

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A Matusalém fica em uma área conhecida como a Floresta Nacional de Inyo. Sua localização exata, no entanto, é mantida em segredo para mantê-la fora de perigo — já que os humanos têm a tendência a derrubar árvores, não importa o quão históricas elas sejam.

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Imagem: Logan Bush/Shutterstock

Características únicas da “Matusalém” permitem que ela viva por quase 5 mil anos

  • Além de estar protegida pela localização sigilosa, outra razão que explica a longevidade desta árvore é a característica de um pinheiro-da-califórnia.
  • Ela pertence a um grupo de árvores é conhecido como extremófilos, vivendo em regiões com condições climáticas extremas e solos secos.
  • A consequência disto é que a árvore leva muito tempo para crescer. Porém, resiste a condições adversas e se mantém viva por milênios, quando os humanos permitem.
  • Suas raízes rasas e ramificadas conseguem obter o máximo de água possível.
  • Essas árvores também têm uma resistência sólida contra a invasão de pragas, devido a uma madeira densa e resinosa que é muito difícil de perfurar.

A pergunta que vem logo a cabeça é, “seria essa a árvore mais antiga do mundo?”. Existem teorias diferentes para responder. Há quem diga que, no sul do Chile, há um cipreste gigante conhecido como “Bisavô”, que teria mais de 5 mil anos de existência, superando a Matusalém em idade.

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No entanto, a idade da árvore chilena não é algo unânime entre pesquisadores, e há quem diga que a forma como sua idade foi estimada é questionável. Ou seja, a possibilidade da Matusalém ser a árvore mais antiga ainda existe.

Normalmente, a idade de uma árvore é estimada perfurando uma amostra do núcleo dela e analisando seus anéis. Os pesquisadores Jonathan Barichivich e Antonio Lara tentaram fazer isso com o Bisavô, mas não conseguiram chegar ao núcleo.

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Em vez disso, eles usaram modelagem estatística usando amostras de outras árvores para estimar a idade, uma metodologia que nem todos os pesquisadores concordam ser precisa para estimar a idade da árvore. Em métodos considerados seguros pelos especialistas, a Matusalém é quem tem o registro de ser a mais antiga árvore descoberta.

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Imagem: doliux/Shutterstock