Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O Brasil sempre foi referência mundial quando o assunto é vacinação. O nosso gigantesco Sistema Único de Saúde (SUS) ajuda a levar doses para todos os cantos desse país continental. Nos últimos anos, porém, a população passou a se imunizar menos, principalmente as crianças.
O movimento anti-vacina é global e costuma ser encampado por simpatizantes da extrema-direita. Diante desse dado, o governo federal tenta retomar o ritmo e a eficácia do seu Programa Nacional de Imunizações (PNI). A novidade diz respeito à proteção contra o HPV (papilomavírus humano).
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A doença é a principal causadora de câncer de colo de útero. Estudos científicos estimam que 80% da população sexualmente ativa vai entrar (ou já entrou) em contato com o vírus. Vírus que pode se manifestar por meio de pequenas verrugas nas partes genitais ou, em casos mais graves, dar origem a um câncer.
Existe uma vacina contra o HPV e, antes, era aplicada em duas doses aqui no país. A partir de agora, ela será aplicada em dose única.
O anúncio foi feito pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, no X (antigo Twitter), na última segunda-feira (1).
Aí você pode se questionar: como assim eram duas doses a vida inteira e agora passou para uma? Tirar uma dose não vai diminuir a proteção?
Sim, um pouco, mas estudos garantem que a dose única é eficaz. O Olhar Digital falou sobre o assunto no ano passado.
Uma nova pesquisa indicou que apenas uma dose já é o suficiente para fornecer anos de prevenção contra o câncer. E contra o HPV.
Desde 2022, aliás, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda esse número de aplicações. A entidade afirma que isso aumenta a adesão à vacina.
Vale destacar que, apesar do anúncio da ministra da Saúde, a pasta ainda não divulgou detalhes da ação. O governo federal deve informar nos próximos dias qual será o cronograma da nova vacina e em quanto tempo ela estará disponível.
Esta post foi modificado pela última vez em 3 de abril de 2024 11:53