O governo da Costa Rica declarou estado de emergência sanitária em função da proliferação de larvas da espécie Cochliomyia hominivorax. Popularmente conhecidos como larvas da mosca-da-bicheira ou larvas da mosca-varejeira, estes parasitas se alimentam de carne e podem infectar animais e até humanos.
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Parasita voltou a se proliferar na região
- As larvas da mosca-da-bicheira eram consideradas erradicadas na Costa Rica desde os anos 2000.
- Mas em agosto do ano passado as autoridades registraram um novo caso.
- Desde então, os parasitas se proliferaram rapidamente no país.
- De acordo com o Serviço Nacional de Saúde Animal da Costa Rica, foram identificadas 476 infecções pela larva, com maior incidência em bovinos e cães, até a última semana de março.
- Como o parasita pode se desenvolver em qualquer organismo com sangue quente, existe o risco de casos em humanos.
Situação também tem gerado preocupações fora do país da América Central
A Costa Rica não conseguiu frear o progresso da praga, colocando não só o gado leiteiro e de corte do país em risco crescente, mas também os animais selvagens, os animais de estimação e os seres humanos.
Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda)
A praga também é localizada em outros países, inclusive no Brasil, e costuma causar prejuízos milionários todos os anos na criação de animais.
As fêmeas podem depositar de 20 a 400 ovos ao redor de feridas ou de lesões. Quando eles eclodem, as larvas migram para o interior das feridas e começam a se alimentar do tecido vivo, provocando graves danos à saúde.
Em humanos, os sintomas podem ser febre, odor fétido, inflamação dos tecidos, ulcerações ou ainda necrose tecidual. Em alguns casos, o paciente pode até sentir a larva se movimentando entre os seus tecidos.
Embora não seja comum, o parasita pode provocar a morte caso não haja tratamento adequado. O uso de medicações específicas, como a ivermectina, é recomendado. Além disso, manter os ferimentos higienizados impede a postura e eclosão dos ovos da mosca-da-bicheira.