Quando pensamos em desertos normalmente imaginamos locais com grandes quantidades de areia, como no Saara, em zonas quentes e áridas. Entretanto, no maior deserto do mundo não faz calor. Muito pelo contrário, é um dos locais mais frios do mundo: a Antártica.

Mesmo com temperaturas absurdamente frias, o continente gelado é considerado um deserto pois praticamente não chove por lá. Esse é considerado o principal critério para a definição de desertos.

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O tema é polêmico e não existem regras extremamente rígidas para classificação de desertos. Mas no geral, os locais considerados desérticos possuem menos de 25 centímetros de chuva por ano. A Antártica se encaixa nessa estimativa, com uma precipitação de cerca de 15 centímetros por ano.

Apesar disso, o continente é gigante e algumas áreas recebem mais chuvas que outras. As partes mais costeiras, por exemplo, têm índices de precipitação maiores, enquanto alguns vales são completamente secos.

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Qual seria a relação entre a Antártica e a possibilidade de vida em Marte? Créditos: Harvepino (Antártica) / Stockbym (Mrate) – Shutterstock. Montagem: Olhar Digital

Quão seca é a Antártica?

A Antártica tem cerca de 14,2 milhões de quilômetros quadrados de área. A baixa precipitação de regiões antárticas, como os Vales Secos de McMurdo, se deve principalmente às temperaturas frias, a montanhas que impedem a passagem de nuvens de chuva e aos ventos muito fortes que retiram a umidade do ar.

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Segundo a  Rede de Pesquisa Ecológica de Longo Prazo (LTER) da Fundação Nacional da Ciência (NSF) dos EUA, os vales secos não apresentam neve ou gelo, apenas lagos congelados permanentemente e que podem abrigar alguns micróbios, musgos e líquens que suportam as condições do local.

Mesmo que as regiões centrais do continente pareçam não abrigar vida nenhuma, pinguins e petréis vivem em regiões mais próximas do oceano, onde podem se alimentar de peixes. Além disso, focas às vezes também passam por esses locais.