O setor da construção é um dos mais poluentes do mundo (representa cerca de 37% de todas as emissões), mas, ao mesmo tempo, um dos que mais emprega pessoas (7%). Uma empresa britânica propôs usar robôs para reduzir essa pegada ambiental.

Naturalmente, a primeira coisa que vem em mente é: com mais tecnologia, o valor da obra aumenta. Segundo a Automated Architecture (AUAR), a companhia por trás da ideia, isso não é necessariamente verdade e o segredo está em minifábricas inteiras dos robôs.

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Como empresa quer mudar a construção

A solução da AUAR é ter minifábricas robóticas que forneçam o material e a tecnologia necessária para que empresas construtoras, arquitetos e empreiteiros construam casas de baixo consumo de energia pelo preço do que seria uma casa normal.

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Segundo o New Atlas, entre as vantagens do projeto estão que os robôs não precisam descansar ou ser pagos pelo trabalho, o que diminui os custos em mão de obra em 30%, e são mais rápidos que os humanos, reduzindo em 80% custos em abastecimento, transporte e logística.

A CEO da AUAR Mollie Claypool explicou as vantagens:

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Há uma necessidade urgente de casas de baixo consumo energético a preços acessíveis, mas construir casas de madeira sustentáveis ​​e de alta qualidade é difícil de escalar, e a AUAR pretende mudar isso. Os robôs e a IA permitem-nos fornecer habitações de alta qualidade a custos significativamente mais baixos, aumentando as margens e a produtividade e, ao mesmo tempo, reduzindo os custos para os utilizadores finais. Ao utilizar a nossa solução, as empresas de construção podem atingir as suas metas de sustentabilidade a um custo com o qual se sentem confortáveis.

CEO da AUAR, Mollie Claypool
(Imagem: Vandenbussche / Foto-Atelier De Rammelaere/Reprodução)

Quanto custa a minifábrica de robôs

Cada minifábrica da AUAR custa US$ 300 mil, cerca de R$ 1,5 milhão em conversão direta.

No entanto, a empresa prevê que a tecnologia pode gerar por volta de US$ 1,3 milhão por ano às companhias que aderirem, cerca de R$ 6,7 milhões.

(Imagem: Automated Architecture/Reprodução)

Em que pé está a adesão no setor de construção

  • A AUAR prevê que empresas com faturamento de cerca de 20 milhões de libras anuais, cerca de R$ 128 bilhões, podem aderir ao projeto das minifábricas de robôs;
  • São cerca de 3 mil possíveis clientes da área na União Europeia e na América do Norte;
  • O sistema já começou a ser implementado, com abertura das minifábricas de construção na Europa, além de conversas com possíveis clientes do Canadá, Espanha, Suécia, Portugal, França e Holanda;
  • Nos Estados Unidos, o primeiro sócio será a Rival Holdings, que já destacou o papel da inovação no setor de construção;
  • Até 2030, a AUAR pretende ter 40 parceiros e construir 75 mil residências por ano.