Calor extremo (Imagem: shutterstock)
Um novo relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU) alerta que a maioria dos trabalhadores do mundo enfrenta riscos à saúde pela exposição direta ao aquecimento global. O cenário é ainda mais preocupante pelo fato de não existirem leis que garantam proteção para estas pessoas.
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O levantamento foi feito pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), um braço da ONU. O estudo afirma que as mudanças climáticas estão afetando a saúde e a segurança dessa população.
Trabalhadores agrícolas e outros que realizam funções pesadas em climas escaldantes podem estar expostos a diversos perigos, entre eles o calor extremo, radiação ultravioleta, contaminação do ar, doenças transmitidas por vetores e fertilizantes.
Por outro lado, os trabalhadores que atuam em ambientes abafados ou espaços mal ventilados também enfrentam riscos importantes.
A pesquisa indica que em 2020, o último ano para o qual há estatísticas disponíveis, 2,4 bilhões de trabalhadores, ou mais de 70% da força de trabalho mundial, estavam expostos ao calor excessivo em algum momento de seu dia. O número supera os 65,5% de duas décadas atrás.
O levantamento também aponta que a cada ano são reportadas cerca de 23 milhões de lesões ocupacionais atribuídas ao calor excessivo, o que gera a morte de quase 19 mil pessoas anualmente. Esses números não incluem as mais de 26 milhões de pessoas em todo o mundo que vivem com doenças renais crônicas ligadas ao calor no local de trabalho. As informações são da Folha de São Paulo.
Esta post foi modificado pela última vez em 23 de abril de 2024 15:30