Exoplaneta descoberto recentemente está brilhando; entenda o motivo

O exoplaneta tem sua órbita influenciada por outros dois mundos gigantes que giram em torno da mesma estrela
Por Mateus Dias, editado por Lucas Soares 01/05/2024 08h19
O exoplaneta está num sistema planetário com mais dois mundos gigantes (Crédito: Nazarii_Neshcherenskyi/ shutterstock)
O exoplaneta está num sistema planetário com mais dois mundos gigantes (Crédito: Nazarii_Neshcherenskyi/ shutterstock)
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Um exoplaneta que está irradiando calor foi descoberto recentemente em um sistema estelar a cerca de 66 anos-luz de distância. Sua aparência incandescente é graças a uma tempestade de maré perfeita.

  • A estrela HD 104067 era conhecida por abrigar um planeta gigante que possuía uma órbita de apenas 55 dias;
  • Agora, outro exoplaneta foi descoberto durante observações lideradas por Stephen Kane utilizando os dados de velocidade radial dos instrumentos HIRES e HARPS e ainda observações do Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS);
  • O novo mundo é do tamanho da Terra e dá uma volta em torno da estrela em apenas 2,2 dias;
  • A trajetória dele influenciada pelo mundo já conhecido e por um outro, também recentemente descoberto, que possui o tamanho de Urano e uma órbita de cerca de 13 dias.
Ilustração artística do HD 104067 b, o exoplaneta mais externo do sistema estelar (Crédito: NASA/JPL-Caltech)
Ilustração artística do HD 104067 b, o exoplaneta mais externo do sistema estelar (Crédito: NASA/JPL-Caltech)

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Exoplaneta incandescente é encontrado

Em um novo estudo que será publicado no The Astronomical Journal, os pesquisadores apontaram que esses dois planetas gigantes podem estar exercendo uma enorme força de maré sobre o mundo terroso menor. Isso faz com que a superfície desse planeta mais interno irradie a temperaturas de 2300 graus Celsius, algo que é chamado de “tempestade de maré perfeita”.

Ilustração de um pequeno planeta rochoso muito próximo da sua estrela (Crédito: Nazarii_Neshcherenskyi/ shutterstock)
Ilustração de um pequeno planeta rochoso muito próximo da sua estrela (Crédito: Nazarii_Neshcherenskyi/ shutterstock)

Devido à proximidade do planeta com a estrela e a excentricidade de vizinhos gigantes, ele acaba tendo uma órbita também muito excêntrica. Assim, o mundo rochoso fica com uma trajetória muito oval em torno da HD 104067 fazendo com que ele se comprima enquanto se aproxima e se expanda ao se afastar. Esse movimento, leva o núcleo do planeta a ficar extremamente quente e brilhar até mesmo na luz óptica.

A descoberta desse planeta demonstra a grande variedade de exoplanetas e sistemas estelares, ao mesmo tempo que contrasta com o próprio Sistema Solar, podendo ensinar aos pesquisadores sobre outros mundos e sistemas planetários que serão descobertos nos próximos anos e décadas.

Redator(a)

Mateus Dias é estudante de jornalismo pela Universidade de São Paulo. Atualmente é redator de Ciência e Espaço do Olhar Digital

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.