Covid-19: pacientes ainda têm sequelas respiratórias dois anos depois da infecção

Idade do paciente com Covid-19 e gravidade do caso influenciam nas consequências da doença a longo prazo, diz estudo
Por Vitoria Lopes Gomez, editado por Gabriel Sérvio 03/05/2024 06h00
pulmao-virus-covid-19.png
Imagem: Shutterstock/Spectral-Design
Compartilhe esta matéria
Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Mesmo após terem se curado da infecção da Covid-19, a maioria das pessoas ainda tem sequelas respiratórias É o que mostra um novo estudo da Universidade de São Paulo, que visa entender os impactos da doença a longo prazo.

Leia mais:

Impactos da Covid-19

Foi descoberto que a gravidade da doença, como necessidade de internação e ventilação, e a idade do paciente tem influência na gravidade.

Depois do fim da emergência global de Covid-19, decretada pela Organização Mundial da Saúde em maio do ano passado, estudos continuam tentando mensurar os impactos do vírus a longo prazo.

Um deles é o artigo Sequelas Respiratórias Pós-Covid-19 Dois Anos Após Hospitalização: Um Estudo Ambidirecional, baseado na pesquisa conduzida pelo professor de medicina da USP Carlos Carvalho.

O estudo acompanhou pacientes de Covid grave internados no Hospital das Clínicas durante a pandemia.

Imagem: Chokniti Khongchum – Shutterstock

Sequelas a longo prazo

  • Os resultados mostraram que, depois de dois anos da infecção, 90% dos participantes tem alguma alteração respiratória;
  • Segundo o Jornal da USP, muitas delas são graves, como sinais de inflamações pulmonares e indícios de fibrose;
  • Após seis a 12 meses da infecção, uma parcela pequena de 2% apresentou melhora, enquanto 25% apresentou piora nas sequelas;
  • Tempo de internação, ventilação mecânica invasiva e idade do paciente também influenciaram nas sequelas.

De acordo com Carvalho, é essencial manter o monitoramento dos pacientes de Covid-19 a longo prazo, já que os dados podem ajudar a prever os impactos na saúde pública nos próximos anos.

Vitória Lopes Gomez é jornalista formada pela UNESP e redatora no Olhar Digital.

Gabriel Sérvio é formado em Comunicação Social pelo Centro Universitário Geraldo Di Biase e faz parte da redação do Olhar Digital desde 2020.