Imagem: Rodrigo Mozelli (gerado com IA)/Olhar Digital
O Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública da União (DPU) estão movendo ação civil pública contra o Google e responsáveis por certos canais do YouTube que teriam disseminado discursos de ódio e incitação à violência.
Segundo a Agência Brasil, o objetivo da ação é excluir essas postagens ofensivas e regular o conteúdo que policiais e agentes de segurança em geral veiculam em podcasts e videocasts no YouTube, como forma de mitigar abusos à liberdade de expressão.
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Outra questão discutida na ação é que o Estado regulamente o uso das redes sociais por policiais militares e fiscalize como os agentes públicos utilizam estas plataformas, pois alguns deles veiculam publicações de policiais com teor violento e discriminatório.
Segundo a Agência Brasil, esses conteúdos vêm incitando a violência e estigmatizando comunidades pobres, negras e periféricas.
A falta de investigação sobre os eventos relatados nos vídeos e a ausência de medidas disciplinares em relação à conduta nos podcasts e videocasts são questões extremamente preocupantes. Essa omissão permite que práticas prejudiciais persistam sem consequências, minando a confiança na instituição policial e expondo comunidades a potenciais danos.
Julio Araujo, procurador regional dos Direitos do Cidadão adjunto no Rio de Janeiro, e Thales Arcoverde, defensor regional de Direitos Humanos
Além dos pontos destacados anteriormente, os órgãos também requereram à Justiça que o Estado inclua, na Instrução Normativa n.º 0234/2023, o uso de discurso de ódio ou perigoso por membros da Polícia Militar, adotando medidas disciplinares com relação aos casos mencionados na ação.
Por fim, MPF e DPU pediram a condenação do Google, de modo que a empresa pague R$ 1 milhão de indenização. Já os policiais militares envolvidos teriam que desembolsar R$ 200 mil por danos morais.
Até o momento, o Google não se posicionou sobre o caso.
Esta post foi modificado pela última vez em 3 de maio de 2024 18:39