No futuro da exploração de recursos da Lua, imaginamos que astronautas precisarão transportar minerais ou outros elementos para as bases utilizando veículos como carros ou buggies espaciais. Mas a superfície lunar nem sempre é a mais tranquila para este tipo de trabalho.

Pensando em tornar essa metodologia mais prática, pesquisadores estão considerando algo bem diferente: um sistema ferroviário que levita e serviria para melhorar o transporte na Lua.

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Trata-se de um projeto da NASA chamado FLOAT, sigla para Flexible Levitation On A Track, ou em português, Levitação Flexível em uma Rodovia. O resultado seria conseguir obter, na Lua, um método de fornecer transporte de carga útil autônomo, confiável e eficiente.

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O objetivo é mover cargas úteis de e para zonas de pouso de espaçonaves até a base e transportar solo lunar (regolito) do local de mineração para o local onde os recursos são extraídos ou onde o solo é usado para construção.

Os trilhos para essa rodovia não seriam fixos. Apesar de instalados no solo da Lua, teriam robôs “levitantes” que se movendo sobre os trilhos, que podem, a partir disso, se prevenir de acabarem danificados na planície sinuosa da Lua.

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A trilha é flexível e feita de uma camada de grafite que permite a levitação diamagnética, enquanto um circuito flexível gera impulso eletromagnético. Há uma camada é opcional, um painel solar para que, quando exposto à luz solar, o sistema nem necessite de energia externa.

Embora os robôs possam ter tamanhos diferentes, a equipe estima que 100 toneladas de material podem ser movimentadas por vários quilômetros todos os dias.

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A próxima fase de testes do projeto FLOAT terá a fabricação de uma versão reduzida do sistema a ser testada em um ambiente análogo à Lua, bem como em uma melhor compreensão dos impactos ambientais nas pistas e nos robôs, e no que mais é necessário para transformar este conceito em realidade.

Projeto FLOAT poderia funcionar na Lua a partir de 2030

  • Para que o projeto siga em testes para comprovar a viabilidade de ferrovias serem feitas na Lua, foi investido US$ 600.000.
  • O líder do FLOAT é Ethan Schaler, do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA.
  • No ritmo que as capacidades tecnológicas têm mostrado o que podem fazer no projeto, há previsões que indicam uma infraestrutura ferroviária na Lua já na década de 2030.
(Imagem: Dima Zel/Shutterstock)