Estudar o Universo é uma tarefa necessária para determinar os tipos de corpos celestes que circundam nosso planeta, entender de onde cada um veio e como a sua origem se relaciona com inúmeros temas a cerca de nossa galáxia.

Em se tratando de asteroides e cometas, o estudo destes objetos não apenas nos ajuda a verificar riscos de impactos com nossa atmosfera, mas também esclarecem dúvidas a respeito da evolução do Sistema Solar e até auxiliam na exploração espacial. A seguir, confira mais informações sobre como os cientistas estudam a composição química de asteroides e cometas.

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O que é a composição química presente nos asteroides e cometas?

Molécula poliatômica (NaK)2, criada em laboratório, é a mais fria já produzida. Crédito: PopTika – Shutterstock

Nas aulas de química, aprendemos que os cientistas mapearam inúmeros elementos atômicos no que hoje conhecemos como “tabela periódica”. Esta tabela cataloga os materiais químicas achados na Terra, mas é mais do que isso: esses elementos também estão presentes no espaço, uma vez que a Terra foi originada e permanece lá.

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Então, estudar a composição química de alguma coisa significa entender quais os elementos que a compõe e analisar o que a presença deles indica. Dentre as possíveis informações a serem obtidas, a composição química pode relevar de onde o objeto veio, como se formou, e qual a sua ligação com outros corpos celestes.

Como os cientistas estudam a composição química de asteroides e cometas?

Para estudar a matéria dos corpos celestes, o que inclui os asteroides e cometas, são necessárias a aplicação de diferentes técnicas, como:

  • Espectroscopia: o objeto passa por uma tecnologia específica para verificar quais os tipos de comprimentos de ondas luminosas ele emite ou se reage com alguma delas. Desta forma, cada espectro do objeto terá algum tipo de relação com os elementos químicos;
  • Análise de fragmentos: é comum o envio de sondas aos corpos celestes para extrair pedacinhos da superfície e enviá-los à Terra para análise em laboratório;
  • Espectrometria de massa: as amostras coletadas sofrem ionização a fim de que o cientista possa, por exemplo, identificar os diferentes tipos de moléculas presentes e medir sua massa;
  • Espectrometria de fluorescência de raios-X: cientistas expõe as amostras a raios-X para verificar se emitem algum tipo de fluorescência e verificar quais componentes químicos (e em qual concentração) estão presentes;
  • Infravermelho: permite identificar diferentes tipos de minerais e compostos orgânicos remanescentes nas amostras, o que é útil para entender mais sobre a história de formação dos objetos espaciais.