(Imagem: mundissima/Shutterstock)
Parlamentares democratas e republicanos trabalham juntos para propor o fim da Seção 230 da Lei de Decência nas Comunicações nos EUA, usada como proteção por big techs. A presidente do Comitê de Energia e Comércio da Câmara dos Deputados, Cathy McMorris Rodgers (republicana), e o deputado democrata Frank Pallone Jr. anunciaram um projeto de lei bipartidário que visa desativar a seção após 31 de dezembro de 2025.
Os parlamentares argumentam que a Seção 230, embora tenha sido fundamental na evolução inicial da internet, atualmente é explorada por grandes empresas de tecnologia para evitar responsabilidades.
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Em artigo publicado no The Wall Street Journal, Rodgers e Pallone expressaram preocupação com o fato de que as grandes plataformas de tecnologia usam a Seção 230 para proteger-se de responsabilidades, causando danos significativos aos usuários, especialmente crianças.
Segundo os deputados, as tentativas anteriores de reformular a Seção 230 falharam devido à falta de cooperação das empresas de tecnologia.
O projeto de lei proposto pelos parlamentares (cujo rascunho está disponível on-line) exige que as empresas de tecnologia colaborem com as autoridades governamentais durante 18 meses para desenvolver e implementar um novo marco legal que substituiria a Seção 230.
Este novo quadro manteria a liberdade de expressão e inovação, mas também incentivaria as empresas a administrar melhor suas plataformas.
Rodgers e Pallone enfatizam que o novo projeto de lei dará às empresas uma escolha: ou garantem que a internet seja um ambiente seguro e saudável para todos ou perderão as proteções oferecidas pela Seção 230.
Eles propõem um modelo em que as empresas de tecnologia se tornem mais responsáveis e proativas na gestão dos conteúdos que circulam em suas plataformas.
A Seção 230 atualmente oferece às empresas de tecnologia uma imunidade significativa, permitindo que não sejam responsabilizadas pelo conteúdo postado por seus usuários.
Esta provisão tem sido crucial para o desenvolvimento de empresas como Google e Meta, que frequentemente a utilizam para defender-se em ações judiciais.
Esta post foi modificado pela última vez em 14 de maio de 2024 13:27