A Amazon já vinha enfrentando problemas legais na Itália, e parece que uma nova disputa judicial está surgindo contra a empresa, após o procurador-geral do Arizona, Kris Mayes, abrir dois novos processos contra a Amazon na última quarta-feira (15). As informações são do The Verge.

Ambas as ações judiciais são movidas segundo os próprios estatutos estaduais do Arizona no Tribunal Superior do Arizona.

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Um dos processos acusa a Amazon de se envolver em práticas comerciais enganosas que violam a Lei estadual de Fraude do Consumidor, supostamente usando truques de design conhecidos como padrões obscuros para impedir que os usuários cancelem suas assinaturas do Amazon Prime.

Já o outro processo alega que a empresa está violando a Lei Antitruste Uniforme do Estado do Arizona, com acordos injustos para manter um status de monopólio, fazendo com que vendedores terceirizados não consigam oferecer preços mais baixos fora da plataforma do que na Amazon.

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Logomarca da Amazon em fachada de prédio da empresa
(Imagem: Brendan McDermid/Reuters)

Algoritmo no site da Amazon engana consumidores

  • O processo antitruste do Arizona também visa um algoritmo da empresa, o Buy Box, por meio da Lei de Fraude do Consumidor.
  • Trata-se de um algoritmo que determina qual produto em uma categoria obtém o melhor posicionamento com o botão “Compre agora”.
  • O procurador-geral do Arizona diz que o algoritmo é tendencioso a favor das ofertas de varejo primárias da Amazon, e a empresa exibe as ofertas onde conseguirá ganhar as maiores taxas.
  • Com isso, consumidores acreditam que os itens favorecidos pela Buy Box oferecem o melhor preço, quando, na verdade, estes itens estão disponíveis a preços mais baixos com outros vendedores na Amazon.

Arizona está pedindo ao tribunal que impeça a Amazon de se envolver em práticas supostamente enganosas e anticompetitivas e conceda penalidades civis e restituição de ganhos ilícitos.

O porta-voz da Amazon, Tim Doyle, disse que a empresa ficou “surpresa e decepcionada com esses casos”.

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Doyle alega que os processos foram abertos sem o procurador-geral do Arizona revisar “um único documento da Amazon, resultando em um mal-entendido fundamental e descaracterização de como os negócios da Amazon funcionam”.

Amazon
Imagem: Eric Broder Van Dyke/Shutterstock