No cenário das guerras navais, a Austrália e os Estados Unidos têm aumentado suas apostas ao desenvolverem veículos subaquáticos não tripulados (UUVs) avançados (leia-se: drones), apelidados de Ghost Shark e Manta Ray, respectivamente. E ainda tem Orca no meio.

Guerra naval tem novos (drones) ‘titãs’:

  • Austrália e Estados Unidos têm intensificado suas estratégias defensivas no Pacífico por meio do desenvolvimento de veículos subaquáticos não tripulados (UUVs) avançados – no caso, Ghost Shark e Manta Ray, respectivamente. Esses dispositivos representam o que há de mais moderno em tecnologia de defesa submarina, com o potencial de revolucionar o campo de batalha subaquático;
  • O Ghost Shark, desenvolvido na Austrália, é descrito como um dos UUVs autônomos subaquáticos mais avançados do mundo, projetado para operações submarinas de longo alcance e furtivas, incluindo vigilância, reconhecimento e ataque persistentes. Espera-se que os primeiros modelos sejam entregues até o final de 2025;
  • Nos Estados Unidos, a Northrop Grumman lidera o desenvolvimento do Manta Ray com apoio da DARPA. Este UUV é notável pela sua capacidade de ser desmontado, transportado e remontado no campo, o que facilita a logística e conserva energia para missões operacionais. A DARPA colabora com a Marinha para testar e eventualmente integrar o Manta Ray ao uso ativo;
  • A Marinha dos EUA também desenvolve o Orca, UUV da Boeing que é um submarino diesel-elétrico autônomo com uma seção de carga modular adaptável a várias missões. O Pentágono planeja adquirir mais cinco desses UUVs, embora ainda não tenha divulgado um cronograma específico para sua implementação.

Os dois países têm integrado esses UUVs em suas estratégias defensivas no Pacífico. A Austrália recentemente apresentou o Ghost Shark (“Tubarão Fantasma”, em tradução livre), descrito pelo governo como um dos veículos autônomos subaquáticos mais avançados do mundo. Nos EUA, a Northrop Grumman lidera o desenvolvimento do Manta Ray – espécie de “raia de metal” – com apoio da Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa (DARPA).

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Esses nomes, que parecem saídos de filmes à la Godzilla e Kong, representam o que há de mais avançado em tecnologia de defesa submarina, com potencial para revolucionar completamente o campo de batalha subaquático.

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Drones ‘titãs’ subaquáticos seguem tendência da guerra

(Imagem: Benny Marty/Shutterstock)

Esses UUVs seguem a tendência de uso extensivo de drones aéreos e navais de superfície em conflitos, como vistos no Iraque, Afeganistão e Ucrânia. No entanto, o ambiente subaquático impõe desafios únicos, como a difícil comunicação devido às variáveis da água, que podem causar perda significativa de dados.

Um estudo de 2023 publicado no periódico Sensors destacou que, embora as comunicações subaquáticas exijam mais energia, elas enfrentam perda significativa de dados devido a essas variáveis ambientais. 

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Até o momento, não foram reveladas soluções para esses desafios técnicos pelos fabricantes desses novos UUVs militares, o que gera mistério e expectativa sobre suas capacidades.

De ‘Tubarão Fantasma’ a ‘Raia de Metal’: os novos drones da guerra naval

Montagem com imagens dos drones Tubarão Fantasma e Raia de Metal no mar
(Imagem: Governo da Austrália e Northrop Grumman)

Na Austrália, o lançamento do Ghost Shark mostrou seu potencial para operações submarinas autônomas de longo alcance e furtivas, incluindo vigilância, reconhecimento e ataque persistentes. Espera-se que os primeiros modelos sejam entregues até o final de 2025, apenas dois anos após sua concepção.

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Já nos EUA, a última novidade no arsenal de UUVs é o Manta Ray da Northrop Grumman. Este protótipo foi testado na costa sul da Califórnia e é notável pela sua capacidade de ser desmontado, transportado e remontado no campo. Isso facilita a logística e conserva energia para a missão operacional.

A DARPA ainda colabora com a Marinha para testar e eventualmente integrar o Manta Ray ao uso ativo. Ainda não se sabe quando, ou se, este UUV será oficialmente adotado. Mas sua capacidade de ser rapidamente “desdobrado” em qualquer parte do mundo representa um avanço significativo em flexibilidade e capacidade operacional.

A Marinha dos EUA também desenvolve o Orca, UUV da Boeing. Trata-se de um submarino diesel-elétrico autônomo com uma seção de carga modular. Essa modularidade permite ao Orca adaptar-se a diversas missões, transportando diferentes armas ou equipamentos especializados. O Pentágono planeja adquirir mais cinco desses UUVs, embora ainda não tenha divulgado um cronograma específico.