O lançamento do Drex, também conhecido como Real Digital, vai ficar para o ano que vem. O Banco Central (BC) informou que as soluções de segurança e privacidade do projeto “não apresentaram a maturidade necessária”. Dessa forma, uma segunda fase de testes será necessária antes de abrir o sistema ao público.

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Nova fase de testes da moeda digital foi anunciada pelo BC (Imagem: Jo Galvao/Shutterstock)

Tudo deve ficar pronto até o final de 2025

O BC afirmou que o procedimento tem como objetivo incorporar novas funcionalidades e realizar novos testes “promovendo a evolução e a maturação da plataforma”. Com isso, o lançamento do Drex fica oficialmente adiado para 2025.

As soluções tecnológicas de privacidade testadas até o presente estágio do Piloto não apresentaram a maturidade necessária para que se possa garantir o atendimento de todos os requisitos jurídicos relacionados à preservação da privacidade dos cidadãos, apesar de terem evoluído ao longo do tempo.

Banco Central, em nota

Segundo o autarquia, ainda é preciso avaliar a infraestrutura criada para o Piloto com Tecnologia de Registro Distribuído (DLT) que testará a implementação de smart contracts criados e geridos por terceiros participantes da plataforma ao longo do terceiro trimestre. Isso só deve ficar pronto no fim do segundo semestre de 2025.

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Ainda será preciso avaliar diferentes casos de uso, atendendo os requisitos de privacidade exigidos pela legislação em vigor. A expectativa do BC é abrir nas próximas semanas o novo prazo para que os atuais participantes do Piloto do Drex apresentem propostas de casos de uso. As iniciativas selecionadas passarão a ser testadas a partir de julho.

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Criação do Drex foi anunciada no ano passado (Imagem: Banco Central/Divulgação)

Moeda digital será usada em transações financeiras

  • Na prática, o Drex servirá como o futuro das cédulas físicas, já emitidas pelo BC, e será garantida pelos mesmos fundamentos e pelas mesmas políticas econômicas já em vigor.
  • Será possível usar a moeda digital para transações financeiras, transferências e pagamentos, por exemplo.
  • Sua custódia ficará no Banco Central.
  • Ela poderá ser trocada pelo real tradicional (em notas), e vice-versa, mas o foco serão as transações financeiras.
  • A cotação frente a outras moedas também será a mesma.
  • Não será permitido que os bancos emprestem esses recursos a terceiros — como acontece atualmente com o real físico — e depois os devolva aos clientes.
  • Não haverá remuneração, ou seja, os recursos não terão uma correção automática.
  • Haverá uma garantia da segurança jurídica, cibernética e de privacidade nas operações.
  • Ainda segundo o BC, qualquer pessoa ou empresa que desejar ter a moeda digital precisará entregar reais em formato convencional para a realização da troca.
  • “Essa operação não será feita diretamente pelo BC, ela será intermediada por um participante do sistema financeiro (banco, cooperativa ou fintech) ou do sistema de pagamentos (instituição de pagamento), ou ainda de algum novo tipo de empresa que venha a ser criada sob a autorização do BC para intermediar o acesso e a utilização de reais no formato digital”, disse o Banco Central.
  • Os usuários precisarão ter uma carteira virtual em custódia de um agente autorizado pela entidade — como um banco ou uma instituição de pagamento, por exemplo — para conseguir ter acesso à nova moeda digital.
  • Por estar sempre associada a um serviço financeiro, é natural que os custos da plataforma da nova moeda digital estejam embutidos.