No início deste mês, uma mancha solar monstruosa ganhou destaque na mídia especializada. Conforme noticiado pelo Olhar Digital, a então região ativa AR3663 produziu uma série de erupções dos tipos moderado e forte. 

Aos poucos, com o movimento rotacional do Sol e o da Terra em torno do astro, a mancha foi girando para o lado não visível. Essa região é suspeita de, no caminho, enquanto mirava Vênus, ter disparado um jato de plasma carregado, ameaçando arrancar parte da atmosfera do planeta.

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Agora, ela está voltando – sob nova numeração, passando a ser designada AR3691. O filme abaixo mostra a mancha solar girando de volta para o lado terrestre do Sol neste domingo (26). 

Mancha solar foi capturada por observatóiro da NASA girando de volta para o lado terrestre do Sol em 26 de maio. Crédito: HMI/SDO/NASA

De acordo com a plataforma de meteorologia e climatologia espacial Spaceweather.com, ela está menor do que costumava ser, mas também está crescendo novamente, então em breve poderá recuperar sua antiga potência. 

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Um dos motivos para isso é que essa região ativa tem um campo magnético instável “beta-gama-delta” que abriga energia para mais explosões solares de classe X. 

Conceito artístico de uma forte erupção solar atingindo a Terra, elaborado com Inteligência Artificial (Imagem: Flavia Correia via DALL-E/Olhar Digital)

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Sobre as explosões solares:

  • O Sol tem um ciclo de 11 anos de atividade;
  • Ele está atualmente no que os astrônomos chamam de Ciclo Solar 25;
  • Esse número se refere aos ciclos que foram acompanhados de perto pelos cientistas;
  • No auge dos ciclos, o astro tem uma série de manchas em sua superfície, que representam concentrações de energia;
  • À medida que as linhas magnéticas se emaranham nas manchas solares, elas podem “estalar” e gerar rajadas de vento;
  • De acordo com a NASA, essas rajadas são explosões massivas do Sol que disparam partículas carregadas de radiação para fora da estrela em jatos de plasma (também chamados de “ejeção de massa coronal” – CME);
  • As explosões são classificadas em um sistema de letras pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) – A, B, C, M e X – com base na intensidade dos raios-X que elas liberam, com cada nível tendo 10 vezes a intensidade do anterior;
  • A classe X, no caso, denota os clarões de forte intensidade, enquanto o número fornece mais informações sobre sua força;
  • Um X2 é duas vezes mais intenso que um X1, um X3 é três vezes mais intenso, e, assim, sucessivamente. 

Tempestade solar causa “show” de auroras nos céus de diversos países

No dia 10 de maio, a Terra enfrentou a mais severa tempestade solar dos últimos 20 anos, provocando auroras boreais e austrais incomuns desde então. A NOAA alertou que a tempestade poderia interferir em sistemas de energia e comunicações via satélite.

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Este é o primeiro alerta de tempestade geomagnética “severa” ou G4 emitido pela NOAA desde janeiro de 2005. A escala vai até G5, que é considerado “extremo”.

Clique aqui e veja imagens de auroras espetaculares provocadas pelo fenômeno.