Imagem: Reprodução/Defesa Civil RS
Um relatório divulgado pelo Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) aponta para o risco de novos deslizamentos em encostas urbanas e quedas de barreiras na margem de estradas no Rio Grande do Sul. Isso acontece porque o solo do estado está saturado de umidade. A região enfrenta a maior tragédia climática de sua história, com volumes de chuvas muito acima da média esperada para o período.
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Os pesquisadores explicam que a umidade do solo é calculada medindo-se a quantidade de água presente no solo em relação ao volume total do solo e água. Sensores específicos são usados para determinar essa proporção. Quanto mais próximo de 1, ou 100%, maior o nível de saturação do solo.
Segundo o relatório, diversas partes do estado gaúcho apresentam taxas de umidade do solo muito próximas ao limite de saturação, em torno de 1 cm³/cm³. Isso significa que o solo já não consegue mais absorver água, fazendo com que toda a chuva escoe superficialmente, aumentando o risco de inundações.
O estudo aponta que algumas áreas no extremo sudoeste do Rio Grande do Sul estão em uma condição mais favorável, com menor umidade do solo em comparação à região centro-leste do estado.
Os cientistas afirmam que se Porto Alegre estivesse com o solo seco, por exemplo, parte da água já teria infiltrado no subsolo. No entanto, a chuva constante provocou, inclusive, a subida da água pelos bueiros, alagando regiões que ainda não tinham sido afetadas pelas enchentes históricas.
Esta post foi modificado pela última vez em 27 de maio de 2024 11:42