Cientistas da Carnegie Mellon University, nos Estados Unidos, criaram um robô de inspiração biológica de quatro pernas, que sobe e escala paredes de uma maneira semelhante ao que vemos o homem-aranha fazer em seus populares filmes.

A tecnologia usada no robô permite a ele se aderir a superfícies verticais ásperas utilizando um mecanismo único e altamente eficaz, mas, ao mesmo tempo, relativamente simples.

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Embora alguns robôs experimentais utilizem sistemas baseados em sucção para escalar superfícies lisas, essa tecnologia não funciona em superfícies ásperas como rochas, onde não é possível formar uma vedação.

Pequenos ganchos fazem o robô escalar paredes

  • A solução para os cientistas foi usar algo que é conhecido como pinças de microespinha.
  • Eles incorporam uma série de ganchos minúsculos afiados, que prendem em pequenos cantos e fendas na superfície que está sendo escalada.
  • Os ganchos são liberados dessa superfície quando a pinça é levantada para dar o próximo passo.
  • Algumas pinças de microespinha são passivas, contando com o peso do corpo pendurado do robô para mantê-lo firme.
As “garras” do robô são pequenos ganchos que se prendem nas paredes – Imagem: Divulgação/Carnegie Mellon University

Os ganchos se mostraram eficazes em paredes relativamente planas, mas tem dificuldades com superfícies mais irregulares, como penhascos, que exigem uma estratégia de escalada mais variada.

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Para contornar essa limitação, se incorporam atuadores elétricos que afundam propositalmente um anel de ganchos na superfície, mantendo uma fixação motorizada que funciona em qualquer direção.

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No entanto, eles tendem a ser volumosos, consomem muita energia e são mecanicamente complexos, além de proporcionarem uma velocidade de subida bastante lenta. É aí que entra o robô de quatro pernas, chamado de LORIS – sigla em inglês para “robô leve de observação para encostas irregulares”.

O LORIS usa uma estratégia de escalada inspirada em insetos. Enquanto duas pernas diagonalmente opostas mantiverem tensão interna em suas garras, essas garras permanecerão firmemente presas à superfície. As outras duas pernas opostas do robô, entretanto, estão livres para dar o próximo passo para cima. Veja no vídeo abaixo a movimentação do modelo:

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O robô avança estrategicamente suas pernas de tal maneira que, quando a garra de uma perna segura a superfície de escalada, a garra da perna oposta também o faz.

Segundo os pesquisadores, o LORIS combina o peso leve, a velocidade, a eficiência energética e a simplicidade das pinças de microespinha com a firmeza e adaptabilidade das pinças ativas. E como um bônus adicional, o robô foi projetado para ser fácil e barato de fabricar.