Conforme noticiado pelo Olhar Digital, após uma série de adiamentos, a cápsula Starliner, da Boeing, foi lançada pela primeira vez rumo à Estação Espacial Internacional (ISS) com astronautas – dando início oficialmente à prestação desse serviço sob um contrato bilionário com a NASA. Tudo saiu (quase) dentro do esperado, exceto por um incidente que literalmente tirou o sono dos astronautas a bordo.

A espaçonave decolou no topo de um foguete Atlas V, da United Launch Alliance (ULA), a partir da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida, na quarta-feira (5), às 11h52 (pelo horário de Brasília).

publicidade
Barry “Butch” Wilmore e Suni Williams são os astronautas do primeiro voo tripulado da Starliner. Crédito: NASA

A bordo do CTF (sigla para Voo Tripulado de Teste) da Starliner estão o piloto Barry “Butch” Wilmore (ex-piloto do programa de ônibus espacial da NASA e visitante da ISS por duas vezes) e Suni Williams, que conta com duas missões espaciais no currículo. Em 2007, ela se tornou a primeira pessoa a “correr uma maratona” no espaço, quando correu na esteira da estação por mais de quatro horas. 

Eles enfrentaram um contratempo digno de filme hollywoodiano no caminho até a ISS. De acordo com um comunicado da NASA no X (antigo Twitter), apareceram dois novos vazamentos no espaço (além daquele que chegou a impedir o voo na tentativa de lançamento de 6 de maio), forçando os tripulantes a contê-los manualmente.

publicidade

Corrigir essas falhas reduziu em uma hora o tempo de sono de nove horas de Wilmore e Williams, mas, após as correções, a Boeing e a NASA determinaram que eles estavam em segurança e recomendaram que dormissem enquanto a situação era monitorada.

“O hélio é usado em sistemas de propulsão de espaçonaves para permitir que os propulsores disparem e não é combustível ou tóxico”, disse um representante da Boeing sobre o vazamento anteriormente identificado. As consequências dos três vazamentos ainda não estão claras. 

publicidade
Lançamento da cápsula Boeing Starliner em 5 de junho de 2024. Crédito: NASA

Leia mais:

Starliner enfrenta problema para atracar na estação

O acoplamento com o laboratório orbital deveria ter acontecido às 13h15, mas foi temporariamente suspenso devido a uma anomalia com pelo menos dois dos propulsores de controle de reação do módulo de serviço da espaçonave. 

publicidade

A próxima janela disponível para atracação começa às 14h33. Como a Starliner permanece em uma posição de “espera”, mantendo a conexão com a ISS a cerca de 200 metros de distância, os astronautas continuam a pilotar a espaçonave em modo manual, antes de mudar para um sistema de manobra automatizado para iniciar novamente os procedimentos de atracação.

Wilmore e Williams vão permanecer no laboratório orbital por cerca 10 dias. Além da dupla, o astronauta da NASA e três vezes residente da estação espacial Mike Fincke havia sido escalado como piloto reserva da missão.