“Cemitério de mamutes” na Sibéria revela segredo surpreendente

Um novo estudo revela como os humanos antigos interagiram com os mamutes na região do rio Berelekh, na Sibéria
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Lucas Soares 11/06/2024 08h42
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Imagem: Denis---S/Shutterstock
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Os mamutes fazem parte do imaginário popular. Estes animais, no entanto, existiram e até conviveram com os nossos antepassados. Um novo estudo revela, inclusive, como se deu a interação entre os humanos antigos e a espécie extinta.

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Mamutes (Imagem: Ana Luiza Figueiredo via DALL-E/Olhar Digital)

Interação entre humanos e mamutes

  • Os primeiros mamutes surgiram no período Plioceno (entre 5 e 2 milhões de anos atrás).
  • No entanto, à medida que o clima do planeta mudou, a população deste animais diminuiu consideravelmente.
  • Sobraram apenas pequenos grupos isolados da espécie nas regiões das atuais Sibéria e Alasca.
  • A extinção deles aconteceu há cerca de 4 mil anos.
  • Apesar do desaparecimento, evidências dos grandes mamutes foram encontradas ao longos das décadas, assim como da interação dos humanos com eles.
  • Estas informações foram descritas em um estudo publicado na revista Quaternary Science Reviews.
Localização do complexo onde foram localizados ossos dos animais (Imagem: Pitulko et al., 2024)

Quem criou o cemitério de mamutes?

Ao longo do rio Berelekh, na atual Rússia, um cemitério gigantesco de mamutes pode ser encontrado. No local, milhares de ossos de mais de 150 animais foram localizados. E uma nova análise dos materiais sugere que os humanos também habitaram a região no período.

Os pesquisadores apontaram possíveis causas para explicar o acúmulo de restos mortais dos animais. A primeira é que tenha ocorrido uma morte em massa por causas naturais e a concentração de ossos poderia ter ocorrido por processos geológicos, como a ação fluvial. Outra alternativa é que o local tenha surgido como consequência exclusivamente da predação humana.

Os cientistas acreditam que a última é a mais provável. Isso porque há registros de que humanos da época já eram capazes de produzir ferramentas a partir de presas de marfim. Além disso, caçavam os animais para obter a carne dos mamutes.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.