Uma indenização de mais de US$ 80 mil (mais de R$ 433 mil). Este é o valor que está sendo cobrado da NASA por um morador da Flórida, nos Estados Unidos, que teve a casa atingida por um pedaço da Estação Espacial Internacional (ISS).

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Lixo espacial é um problema crescente
Caso aumentou as discussões sobre as responsabilidades pelo lixo espacial (Imagem: Frame Stock Footage/Shutterstock)

Telhado de casa foi destruído pelo impacto

  • O caso aconteceu no começo de março deste ano.
  • O pedaço de metal destruiu parte do telhado da casa.
  • Felizmente, ninguém ficou ferido.
  • Na época, Alejandro Otero, dono da residência, havia prometido entrar com um processo contra a NASA.
  • A advogada de Otero, Mica Nguyen Worthy, afirmou que o cliente está “buscando uma compensação adequada para explicar o estresse e o impacto que esse evento teve em sua vida”.
  • Ela ainda destacou que a família está aliviada por ninguém ter se ferido, mas lembrou que poderia ter havido ferimentos graves ou até uma fatalidade.
  • As informações são do ScienceAlert.
Pedaço fazia parte da ISS (Imagem: Artsiom P/Shutterstock)

Material da Estação Espacial foi descartado no espaço

A própria NASA confirmou que o lixo espacial em questão é um fragmento de metal ejetado da Estação Espacial em 2021. Na época, a agência espacial usou o braço robótico da estação para descartar em órbita uma carga que continha baterias de hidreto de níquel envelhecidas. O procedimento ocorreu porque a estação teve seus sistemas de energia atualizados, substituindo as antigas por novas baterias de íons de lítio.

A NASA afirma que a carga descartada tinha no total 2,6 toneladas, e esperava que ela queimasse completamente quando entrasse na atmosfera da Terra. Mas não foi o que aconteceu.

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Um pedaço da estrutura descartada, pesando 700 gramas e medindo 10 centímetros de altura e 4 centímetros de diâmetro, conseguiu chegar até o solo. Feito da liga metálica Inconel, ele fazia parte do antigo sistema de baterias da ISS.

Após a confirmação da origem do objeto, a NASA se comprometeu a investigar como o fragmento resistiu à destruição total na atmosfera. A agência espacial não se pronunciou sobre o processo movido por Alejandro Otero.