Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é mais do que “se distrair facilmente” com atividades diárias ou ficar inquieto durante o dia. Trata-se de condição neurológica que afeta o desenvolvimento do cérebro e inclui sintomas, como desatenção, impulsividade, dificuldade de organização e hiperatividade motora e mental. Apesar de não haver cura, há estratégias para minimizar os efeitos do TDAH.

Uma delas é o Stu, robô de mesa alimentado com inteligência artificial (IA) que quer ajudar adultos com a condição nas dificuldades diárias.

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Iniciativa surgiu da afinidade do criador com dificuldades do TDAH

  • O Stu é iniciativa da Nexa Robotics, startup que surgiu a partir de pesquisas na Universidade Monash (Austrália);
  • O fundador da companhia, Zaid Ahmed, explicou que pensou no robô após presenciar as dificuldades diárias de um amigo com TDAH;
  • Ele revelou que já existem aplicativos de smartphone que ajudam a manter o foco, mas a coleta de dados sobre a eficácia ainda é escassa. Ou seja, não é possível saber se eles realmente são benéficos ou não;
  • Em levantamento, Ahmed descobriu que nove em cada dez pessoas se sentiram beneficiadas com robôs as ajudando. Daí, surgiu o Stu.

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Pequeno robôzinho Stu usa IA para conversar com usuários (Imagem: Divulgação/Nexa Robotics)

Robô não é a “cura” real, mas pode ajudar

Segundo o TDAH Brasil, as causas mais prováveis da condição são genética e a grande quantidade de estímulos atuais, como telas e sons, disputando nossa atenção.

O TDAH não tem cura, mas há formas de diminuir seus efeitos em adultos, como psicoeducação, terapia e uso de remédios controlados.

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O robô Stu não vem para curar a condição, mas, sim, servir como mais uma estratégia no enfrentamento das dificuldades. O dispositivo foi projetado para simplificar o gerenciamento de problemas nas funções executivas (as habilidades cognitivas para controlar e regular nossos pensamentos e ações), como gerenciamento de horários e tarefas.

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Arnav Bhalla, um dos três confundadores da Nexa Robotics ao lado de Stu (Imagem: Divulgação/Nexa Robotics)

O New Atlas lembra que uma das dificuldades na elaboração de estratégias é o famoso lema “longe da vista, longe da mente”, que facilita deixar um aplicativo de smartphone de lado.

O robô tem um segredo para contornar isso: além de ter forma física bem fofa, ele responde a comandos de voz usando IA, bastando falar em voz alta para começar a interagir. Como Ahmed lembrou, ele fica na mesa e uma simples frase pode te ajudar a lembrar de escrever um e-mail ou se manter na rotina, por exemplo.

O dispositivo está em fase de testes, com mais de 600 pessoas na fila para usá-lo.